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São Francisco não se chamava Francisco – 8 curiosidades sobre o Santo Pobrezinho

FRANCIS

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Aleteia Brasil - publicado em 04/10/17

Ele também desafiou um sultão muçulmano, recebeu os estigmas e foi prisioneiro de guerra

1 – Seu nome era João

São Francisco de Assis foi batizado como João – ou, em italiano, Giovanni. Seu nome completo era Giovanni di Pietro di Bernardone. E de onde veio o apelido Francisco? Não se sabe com absoluta certeza, mas teve a ver com a forte relação da família com a França. O pai de João, Pietro di Bernadone dei Moriconi, mantinha negócios comerciais na região francesa da Provença. Como o pequeno João tivesse grande estima pela cultura, poesia, música e povo da França, seu pai o teria apelidado de “Francesco”, algo como “de jeito francês” ou “francesinho”. Também poderia ter sido um apelido carinhoso em homenagem à mãe de João, cujas origens familiares eram francesas.

2 – São Francisco foi prisioneiro de guerra

Antes de se converter, Francisco entrou no exército por volta dos 19 anos de idade e lutou numa guerra entre a sua cidade, Assis, e a vizinha Perugia, da qual caiu prisioneiro. Só foi libertado depois de ser mantido refém durante nada menos que um ano.

3 – A pobreza de São Francisco foi inspirada pelo Evangelho de São Mateus

A conversão de São Francisco de Assis é intimamente relacionada com o intenso impacto que a pobreza de Cristo exerceu sobre a sua alma de rico jovem burguês. Uma passagem evangélica foi de particular importância nessa inspiração a largar os bens materiais, sair ao mundo em completo desapego e pregar a todos a conversão e o arrependimento: “Não leveis ouro, nem prata, nem dinheiro em vossos cintos”, disse Cristo aos seus discípulos em Mateus 10,9.

São Francisco de Assis prega aos passarinhos - Giotto
Ambrogio Bondone (Giotto) - Domínio Público

4 – O Papa não queria apoiá-lo – até que uma visão o fez mudar de ideia

O Papa Inocêncio III tinha graves reservas ao grupo mendicante de Francisco, mas, em sonho, viu prestes a ruir a Basílica de São João de Latrão, que é a catedral da diocese de Roma: só que, no sonho, Francisco de Assis a segurava com seu corpo. O Papa viu neste sonho um indicativo de que Francisco e seu grupo traziam à Igreja uma nova força de sustentação e lhes concedeu o reconhecimento pontifício como ordem religiosa.

5 – A Porciúncula era a igrejinha de especial predileção de São Francisco

São Francisco dedicou grande empenho e alegria na tarefa de reconstruir igrejas e capelas em ruínas. Não se sabe quantas ele reformou ou reconstruiu, mas é muito bem sabido que a igrejinha que mais o encantava era a assim chamada “Porciúncula”. Esta palavra significa “porçãozinha”, “partezinha”, e se refere ao fato de que essa pequena igreja ficava ao lado de uma construção maior, da qual fazia parte.

A igrejinha foi a segunda morada de São Francisco e dos seus primeiros frades. No Domingo de Ramos de 1211, foi lá que São Francisco recebeu a profissão religiosa de Santa Clara, dando assim origem à congregação das clarissas, de inspiração franciscana. A Porciúncula foi ainda o local em que, na tarde de 3 de outubro de 1226, São Francisco partiu deste mundo para a Casa do Pai. O santo havia dedicado a Porciúncula a Santa Maria dos Anjos. Ela hoje fica dentro da grande Basílica de Assis, construída entre os séculos XVI e XVII.

Existe a Indulgência Plenária da Porciúncula, a respeito da qual você pode ler aqui.

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Canadastock

6 – São Francisco desafiou um sultão muçulmano a uma “prova de fogo”

São Francisco participou da quinta cruzada em defesa dos Santos Lugares e, nessa viagem a território sob controle muçulmano, visitou o sultão do Egito e da Síria, Al-Kamil. Para demonstrar a força da fé cristã, Francisco propôs um desafiou: ele e um muçulmano caminhariam por uma trilha em chamas, confiantes na proteção de Deus. O frade se prontificou a ir à frente, mas Al-Kamil recusou o desafio. No entanto, impressionado com a fé de São Francisco, o sultão lhe permitiu pregar o cristianismo em seu território.

7 – São Francisco recebeu os estigmas de Cristo

web Giotto_-_Sankt_Franciskus_stigmates ©Wikimedia
Wikimedia

Os estigmas são uma graça mística rara e especialíssima que consistem no aparecimento (e no sofrimento) das feridas de Cristo sobre o próprio corpo. Um santo recente que os recebeu foi São Pio de Pietrelcina, o Padre Pio, e há registros documentais desse fenômeno sobrenatural impressionante. No caso de São Francisco, um frade que o acompanhava testemunhou: “De repente, ele teve a visão de um serafim, um anjo de seis asas em uma cruz. Este anjo lhe deu o dom das cinco chagas de Cristo”.

Aconteceu durante um jejum de 40 dias que São Francisco fez em 1224 no Monte Alvernia. Ele queria com isto se preparar melhor para a grande festa de São Miguel, o Arcanjo guerreiro de Deus, no dia 29 de setembro.

8 – A célebre “Oração de São Francisco” não foi escrita por São Francisco

oração de São Francisco
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Mas, no tocante a essa oração, ele fez algo muito mais importante do que escrevê-la. Conheça essa história lendo este outro artigo.

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