Compreender o padrão que seguimos pode nos dizer onde somos fortes e onde somos vulneráveis em relacionamentos românticos
Cada um lida com o rompimento amoroso de forma diferente. Alguns se isolam por um tempo para trabalhar suas emoções. Outros se aproximam dos amigos em busca de ajuda e consolo. Outros ainda podem aliviar o sofrimento praticando esportes ou indo à academia. Mas, independentemente de como lidar com um rompimento, conhecer nosso estilo de conexão amorosa pode nos ajudar a entender melhor como escolhemos um(a) parceiro(a) e o que acontece à medida que o relacionamento progride.
Os padrões de conexão desenvolvem-se no início do nosso desenvolvimento infantil. Compreender o padrão de conexão que seguimos pode ser uma grande ajuda para entender onde somos fortes e onde somos vulneráveis quando se trata de relacionamentos românticos.
A Dra. Lisa Firestone,psicóloga clínica e Diretora de Pesquisa e Educação da Associação Glendon, descreve quatro tipos diferentes de estilos de conexão e diz que nosso ambiente familiar de infância afeta nosso desenvolvimento emocional. Se você já passou ou está passando por um rompimento, tire um tempo para examinar qual estilo de conexão descreve sua família de origem e suas emoções:
- O tipo seguro
Adultos firmemente conectados tendem a estar mais satisfeitos em seus relacionamentos. Crianças com uma conexão segura veem seus pais como uma base segura a partir da qual elas podem se aventurar e explorar de forma independente o mundo. Um adulto seguro tem um relacionamento semelhante com seu parceiro(a), sentindo-se seguro e conectado, enquanto permite a si próprio e ao parceiro(a) se moverem livremente.
- O tipo que foge da intimidade
Uma conexão que evita a intimidade pode ser estabelecida quando o pai, a mãe ou os pais estão emocionalmente indisponíveis. Crianças em um ambiente desse tipo aprendem frequentemente que a melhor maneira de obter suas necessidades básicas é agir como se não tivessem nenhuma necessidade. Quando adultas, elas podem estabelecer muros que supostamente as protegeriam da intimidade, e assim tendem a agir de forma distante ou resistente à proximidade.
- O tipo ansioso
Uma criança que viveu um estilo de conexão ambivalente ou de muita ansiedade geralmente tem pais que às vezes estão disponíveis e cuidando, mas outras vezes são insensíveis ou invasivos. Essas crianças aprendem que se elas se apegam ou permanecem focadas nos pais, elas eventualmente conseguem atender às suas necessidades. Quando adultas, as pessoas com esse padrão podem desenvolver um apego ansioso e preocupado, no qual se sentem carentes ou até desesperadas em relação ao parceiro(a) romântico.
- O tipo desorganizado
Uma conexão desorganizada se forma quando as crianças estão aterrorizadas ou traumatizadas pela própria pessoa a quem elas se voltam para a segurança, geralmente o pai ou a mãe. Este tipo de apego é comum entre as crianças que têm um pai ou mãe que tem um trauma não resolvido de sua própria infância, fazendo com que ele ou ela atue desorientada e de forma alarmante com a criança em momentos de estresse.
As crianças criadas em ambientes assim têm dificuldades em desenvolver uma maneira organizada de satisfazer suas necessidades básicas, porque seus pais são imprevisíveis. Quando adultas, elas podem ter uma terrível conexão do tipo que evita a intimidade mas, ao mesmo tempo, teme a perda: quando o(a) parceiro(a) se afasta, ela fica com medo e age, mas quando ele(a) vem em sua direção, elas também podem ficar angustiadas e se afastarem.