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A princesa japonesa que desistiu de seu título real por amor

Princess Mako

SHIZUO KAMBAYASHI / POOL / AFP

Adriana Bello - publicado em 10/10/17

Quando a verdadeira felicidade vale mais do que dinheiro

O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”, diz a Bíblia (1 Cor 13,4-7).

E, embora alguns pensem que essa descrição é exagerada ou muito romântica para a vida real, existem casos que renovam a fé nessas palavras. No mês passado, a princesa Mako, filha do imperador do Japão, virou notícia quando anunciou seu compromisso com Kei Komuro, um plebeu que ela diz que lhe dá paz e a faz sorrir.

De acordo com as normas estritas da Casa Imperial, se uma mulher se casa com alguém que não possui um título de nobreza, ela perde seu status real (o mesmo não acontece com os homens, que têm permissão para se casar com mulheres “comuns”).

Tenho consciência desde a minha infância que teria que abandonar o status real com o casamento. Fazendo o meu melhor para ajudar o imperador e cumprindo os meus deveres como membro da família imperial, cuidarei da minha própria vida”, disse ela em uma coletiva de imprensa junto com seu noivo.

Mako é a primeira neta dos imperadores Akihito e Michiko a ficar noiva e, embora não tenha direito ao trono como mulher, ela teve certos privilégios como princesa (embora, em sua vida diária, raramente as usasse).

Ela e seu noivo se conheceram na Universidade Cristã Internacional de Tóquio em 2012, onde ambos eram estudantes. Mako disse que a primeira coisa que chamou a atenção dela foi o sorriso dele, que ela descreve como “radiante como um sol”, enquanto ele foi cativado pela maneira pacífica que ela vê as coisas, “como a lua”.

Eles planejam cumprir todos os ritos tradicionais por respeito aos imperadores, que já aprovaram o casamento. Na verdade, haverá um casamento imperial (ela perderá seu status no momento em que ela disser “Eu aceito”), que será realizado no outono do próximo ano.

Atualmente, ela trabalha como pesquisadora em uma filial do Museu Universitário da Universidade de Tóquio e trabalha para um escritório de advocacia.

A princesa Mako não é a primeira a se sacrificar por amor na família real japonesa. Sua tia Sakayo também o fez em 2005 quando também se casou com um plebeu.

A família imperial encontra-se em momento crítico, uma vez que, sem Mako, haverá apenas 18 membros, e 13 deles são mulheres. Talvez eles tenham que mudar as regras para que as mulheres possam ser imperatrizes? Não é algo que a princesa ou seu noivo se preocupem, uma vez que ambos dizem que seu único interesse é “construir um lar tranquilo para formar uma família cheia de sorrisos”.

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