Aos berros de “Aborta, macho, aborta” e “Igreja lixo, tu és a ditadura”, um espetáculo de agressividade e vandalismo com a cumplicidade das autoridadesEm sua segunda marcha durante o 32º Encontro Nacional de Mulheres, violentas feministas atacaram a catedral da cidade de Resistência, na província argentina do Chaco, na noite de 15 de outubro, com fogo e pedras.
O Encontro Nacional de Mulheres teve o apoio do governador da província, Domingo Peppo, que republicou as mensagens deste evento no Twitter.
O ministro da Infraestrutura de Chaco, Fabián Echezarreta, também apoiou o evento e anunciou que as autoridades se responsabilizariam pela limpeza da cidade e dos edifícios atingidos pelas manifestantes feministas. Em entrevista à Rádio Libertad na manhã do dia 16 de outubro, ele disse que o Encontro Nacional de Mulheres “foi realizado em paz e com democracia, sem nenhum problema nem inconveniente”, e responsabilizou as agressões aos “setores minoritários muito renegados”.
Gritando frases como “Aborta, macho, aborta” e “Igreja lixo, tu és a ditadura”, as feministas repetiram a manifestação que tinham feito em frente à catedral em 14 de outubro, primeiro dia do seu encontro na localidade.
As cercas instaladas pelas autoridades impediram que as feministas entrassem na catedral, mas não que jogassem tinta e pedras do lado de fora do templo, nem que acendessem fogueiras próximas o suficiente da igreja para causar danos estruturais. Ariel Acuña, chefe da polícia da província de Chaco, confirmou à imprensa local que as feministas causaram “danos à estrutura da igreja, na porta, em alguns vidros”.
Entretanto, Acuña justificou a inação da polícia durante os protestos dizendo que “tinham feito um acordo” com as organizadoras do Encontro Nacional de Mulheres de que não “haveria intervenção policial” se elas “não causassem danos ao edifício da catedral”.
O chefe da polícia também confirmou que houve jornalistas agredidos pelas feministas. A possibilidade de que as feministas atacassem os habitantes de Resistência finalmente motivou a intervenção das autoridades.
Vídeos e fotografias da manifestação mostram as feministas agredindo, com chutes, paus e garrafas, a imprensa e os homens que estavam de pé perto da cerca da polícia que protegia a catedral.
Ao passar pelas ruas da cidade, as feministas também picharam e destruíram edifícios públicos e privados, provocando grande rejeição dos moradores, que gritavam repetidamente: “Vão embora”.
Entrevistada pela imprensa local, uma moradora afirmou:
“Resistência não quer violência, não queremos que continuem destruindo a nossa pequena cidade. A nossa cidade é muito pobre e elas ainda estão quebrando tudo o que nós temos. Eu sou mulher, mas não me sinto identificada com essas senhoras e não sei se podemos chamá-las assim. Uma mulher dever estar vestida, com cheiro de perfume e não como elas, com o cheiro de álcool e drogas. Além disso, são assassinas, elas não querem a vida. Elas são ‘personas non gratas’”.
Outra jovem reiterou o pedido para que as feministas violentas fossem embora porque “são uma vergonha“:
“Eu sinto vergonha delas. Eu não estou de acordo, todas nós somos mulheres, mas não nos representam, fazem desordem, fazem desastre, e não podem ter este direito”.
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A partir de texto original da agência ACI Digital