Aleteia logoAleteia logoAleteia
Quinta-feira 18 Abril |
Aleteia logo
Espiritualidade
separateurCreated with Sketch.

Como identificar se seu pároco é um “espertalhão”

A priest – fr

© DR

Gelsomino Del Guercio - publicado em 18/10/17

Algumas sugestões do arcebispo de Milão para reconhecer atitudes de uma vocação pouco devota

Você desconfia que o padre de sua paróquia está se desviando de sua vocação ou já não a vive mais como uma entrega pessoal? Veja como você pode identificar isso através de alguns sinais. É uma espécie de vade-mécum copilado pelo monsenhor Mario Delpini, arcebispo de Milão.

“Os padres espertalhões encontram no exercício do sacerdócio a função que esconde a timidez, a posição que satisfaz a ambição, a liberdade de ação que consiste em realizar os sonhos mais originais – para não dizer estranhos”, diz Delpini.

Cegos pela ambição

Alguns exercitam sua astúcia para alcançar objetivos que interessam somente a eles: cultivam o desejo de chegar ao título de diretor da Universidade de Atenas, querem que os sábios de Alexandria elogiem seus escritos, tentam colocar seu nome em uma sala de uma basílica, mostram coleções de recordações exóticas de suas viagens à Arábia, por exemplo, ou aspiram cargos dotados de prestígio.

Tentam se justificar a todo custo  

Mais cedo ou mais tarde, os sacerdotes aproveitadores chegam aonde querem, mesmo que descuidando dos serviços mais habituais exigidos pelo ministério, como visitar os doentes, consolar os aflitos, cuidar das crianças e estar disponível para todos. Para isso, eles se utilizam dos argumentos mais refinados que possuem.

Delegam sempre aos mais jovens

Alguns exercem sua astúcia defendendo sua tranquilidade, apesar da urgência das exigências do ministério. Em seus calendários, as datas mais seguras e indiscutíveis são as de suas férias. Se precisam de colaboradores, sabem como requerê-los, deixando de lado os que têm mais necessidade de um emprego. Se existem tarefas muito difíceis, delegam-nas aos mais jovens e fracos. Depois, reclamam: “estes jovens sacerdotes não são como os mais velhos”.

Tratam de garantir uma riqueza pessoal

Se alguém pede para que eles façam um gesto de generosidade ou que estejam disponíveis para outros cargos, sempre apresentam empecilhos e colocam várias condições até que o bispo desanima e, no futuro, não lhe faça outras propostas. Eles administram seus bens e os da comunidade com uma perícia tão refinada que conseguem formar pequenas fortunas e ficam indiferentes ao bem que poderiam fazer a favor de outros sacerdotes e das comunidades mais pobres.

Enganam os bispos

Alguns, depois de terem declarado, prometido e confirmado o desejo e a convicção de colaborar como bispo para o serviço da Igreja, apenas  recebem o trabalho e se tornam senhores inquestionáveis. Eles criam seus próprios métodos, como se tivessem a segurança de abrir caminhos infalíveis, sem levar em conta as orientações do bispo, exceto para expressar exceções e confirmar seus pensamentos de que eles sabem fazer melhor do que todo mundo.

Quando o bispo convida os jovens a comentar as Escrituras, propõem uma peregrinação. Quando o bispo destaca a importância da educação, eles insistem que o mais urgente é procurar casa para os sem-teto. E assim por diante.

Não julgar

Delpini conclui que “é preciso agradecer ao Senhor o fato de nosso presbitério estar composto por sacerdotes devotos; também é necessário resistir à tentação de julgar os demais”.




Leia também:
Como identificar um falso padre

Tags:
PadresVocação
Top 10
Ver mais
Boletim
Receba Aleteia todo dia