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Morte de macacos por febre amarela provoca vacinação em massa em São Paulo

AMAZONIA

Shutterstock-Filipe Frazao

Agências de Notícias - publicado em 26/10/17

A morte de vários macacos por febre amarela desatou uma onda de preocupação em São Paulo e na área metropolitana da cidade, levando milhares de pessoas aos postos de saúde para serem vacinadas.

Desde sábado, quase 30 unidades estão administrando as vacinas. Longas filas eram vistas nas portas desses postos e somente na terça-feira mais de 60.000 pessoas foram atendidas, informou a Secretaria Municipal de Saúde.

A administração do estado de São Paulo afirma que conta com 1,5 milhão de doses disponíveis, estoque que pode ser reforçado.

“Nesta primeira fase nós estamos com a expectativa de vacinar 500.000 pessoas e na segunda fase aumentar para um milhão de pessoas”, afirmou Maria Lígia Nerger, coordenadora de imunização da Secretaria Municipal de São Paulo.

O aparecimento de um macaco morto em um parque do norte da cidade reforçou os temores na terça-feira. O primeiro caso foi registrado em 9 de outubro, mas devido à espera do diagnóstico, o local apenas foi fechado ao público em 21 de outubro. Outro parque, a noroeste da capital, foi fechado na terça.

Além deles, outros dois macacos foram encontrados mortos em um condomínio de Mairiporã, também na Grande São Paulo, mas por causas ainda não determinadas.

– Cautela –

Os macacos são apenas os hospedeiros do vírus, que depois é transmitido às pessoas por meio da picada de mosquitos silvestres (Haemagogus e Sabethes), pelo qual as comunidades próximas a esses parques reforçaram a cautela.

“Eu fiquei muito preocupada pela localização. Porque às vezes nós não sabemos mais informações do que estão passando, na realidade. Fala-se de um macaco até agora, mas será que foi um só macaco?” – disse à AFP Wania Luz Amaral, de 52 anos, na fila de um posto de saúde onde aguardava ser vacinada.

A febre amarela gera temperaturas altas, calafrios, cansaço, dor de cabeça e muscular, e costuma estar acompanhada de náuseas e vômitos. Os casos agudos são raros e derivam em insuficiência renal e hepática, icterícia (olhos e peles amarelados) e hemorragias.

Este novo alerta é feito um mês e meio depois que o Ministério da Saúde declarou o fim de um surto de febre amarela – o maior desde o início dos registros em 1980 -, que entre 1º de dezembro de 2016 e 1º de agosto de 2017 somou 777 casos e 261 mortos. A maior parte dos contágios aconteceram em Minas Gerais.

Sem variações nos sintomas, a febre amarela pode ser transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes (silvestre), e pelo Aedes aegypti (urbana), mesmo transmissor da dengue, chikungunya e zika.

Entre 2015 e abril de 2017, 2.753 casos casos de zika foram registrados no país, cuja região nordeste foi a mais atingida pela epidemia.

(AFP)

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