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10 doenças tecnológicas que nos afetam hoje

Woman on Phone at Night

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Miriam Diez Bosch - publicado em 19/11/17

A tecnologia sequestrou nossa qualidade de vida? 

Quando falamos sobre o crescente número de pessoas que são viciadas em tecnologia, nós imediatamente imaginamos zumbis de smartphones que mal podem manter uma conversa porque estão constantemente ocupados digitando e olhando as notificações em seu telefone, ou aquela vez que seu amigo quase foi atingido por um carro enquanto tentava tirar uma foto perfeita.

Mas uma breve análise dos fatos revela uma verdade chocante: todos nós somos viciados em tecnologia, até certo ponto. A maioria de nós gasta quase três horas por dia em nossos smartphones e tablets, sem contar o tempo que estamos no computador.

A tecnologia sequestrou nossa qualidade de vida? A quantidade de tempo que estamos gastando por causa de nossos dispositivos cresceu exponencialmente nos últimos anos, e o custo desse crescimento afeta, em grande parte, os fatores essenciais na promoção de uma boa saúde, relacionamentos de qualidade e um alto nível de bem-estar pessoal.

O que muitos de nós consideramos como “nova tecnologia” não é mais tão nova, e as duas últimas décadas – durante as quais uma grande parte da vida cotidiana da nossa sociedade tem passado na frente de uma tela – não passaram sem deixar uma marca.

Nossas rotinas e processos de trabalho foram transformados, muitas vezes com efeitos muito positivos. No entanto, os excessos de qualquer tipo são prejudiciais para a saúde das pessoas e o uso da tecnologia não é exceção. Consequentemente, as doenças tecnológicas estão se tornando cada vez mais comuns. Apresentamos algumas das doenças mais comuns resultantes do uso excessivo de dispositivos digitais:

  1. Tensão nos olhos (além de outros problemas oculares) pode ser causada ao passar muito tempo olhando uma tela. Os sintomas incluem olhos vermelhos, visão embaçada e, em casos mais extremos, até mesmo náuseas.
  2. A tendinite é causada por trabalhar habitualmente com nossos braços e pulsos em posições não naturais ao usar um teclado, mouse, telefone celular ou controles de videogames. Dependendo da causa específica e da área afetada, às vezes é referido como “textinite”.
  3. “Hidradenite palmar de PlayStation” é uma doença de videogames caracterizada por inflamação e manchas vermelhas nas palmas das mãos após o uso prolongado de controles de videogames, principalmente causados por segurar com força o controle por longos períodos de tempo e fazer movimentos repetidos de pressionar botões.
  4. A perda de audição induzida por ruído pode ser sofrida por pessoas que costumam ouvir música em níveis de volume elevados em fones de ouvido. Essa exposição prolongada ao som de alto decibel pode causar danos graduais e irreversíveis nas estruturas internas dos ouvidos.
  5. A síndrome de FOMO (Fear of Missing Out – medo de ficar por fora) é uma desordem psicológica caracterizada por ansiedade e estresse, por temer que você esteja perdendo alguma experiência importante ou emocionante. A rápida taxa de desenvolvimento tecnológico e a disponibilidade de informações nas mídias sociais significa que estamos mais conscientes do que nunca do que outras pessoas estão comprando ou fazendo. Consequentemente, somos mais suscetíveis do que antes a “inveja de gadget” e/ou a preocupação de que, ao não estar atualizado em nossos feeds do Facebook ou do Twitter, por exemplo, vamos perder algum vídeo viral, a mais recente moda tecnológica, ou as últimas notícias sobre nossos amigos ou celebridades favoritas.
  6. A síndrome da vibração fantasma é um sinal de dependência do telefone celular. Acontece quando temos a sensação de que o nosso celular está vibrando no bolso, mesmo que, na verdade, não esteja.
  7. A nomofobia (fobia de ficar sem celular) é o medo que alguns de nós experimentam de não ter nosso celular conosco ou de não poder usá-lo por causa da falta de vida útil da bateria ou por não ter um bom sinal. Em casos extremos, pode até provocar um ataque de ansiedade.
  8. A insônia pode ser causada pelo uso de celulares e tablets à noite, o que é bastante comum; muitas pessoas dormem com seus celulares ao seu lado. De fato, passar as horas noturnas nas redes sociais tem seu próprio nome agora: “vamping”, em referência às criaturas mais famosas da noite.
  9. A Cibercondria é a versão digital da hipocondria. É o hábito de pesquisar na internet obsessivamente para obter informações sobre cuidados de saúde, com medo de que você possa ter alguma doença rara que você leu em algum site (independentemente da confiabilidade das informações).
  10. O vício tecnológico, particularmente o uso da internet, está atraindo uma atenção crescente em todo o mundo. No início deste ano, os Institutos Nacionais de Saúde decidiram pela primeira vez financiar um estudo de dependência de internet nos Estados Unidos. Embora ainda não haja um consenso na comunidade científica quanto à definição e critérios exatos para o vício tecnológico, geralmente isso é reconhecido quando um número significativo de pessoas sofre de excessos de atividades on-line, incluindo videogames, jogos de azar, sexo, pornografia e até mesmo navegar obsessivamente nas redes sociais ou em sites em geral.

Embora a nossa compreensão científica dessas doenças ainda seja, em alguns casos, preliminar, os perigos reais que elas apresentam mostram que é uma boa ideia começar a tomar medidas para preveni-las.

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