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Papa inicia viagem rumo a Mianmar e Bangladesh

Pope Francis leaves for the Holy Land – fr

© FILIPPO MONTEFORTE / AFP

Agências de Notícias - publicado em 26/11/17

Às vésperas da visita papal, anunciou-se um acordo entre os governos de Bangladesh e de Mianmar para o retorno gradual dos rohinyas

O papa Francisco viajou na noite deste domingo (26) a Mianmar (de maioria budista) e Bangladesh (majoritariamente muçulmano), dois países asiáticos caracterizados por fortes tensões religiosas e objeto de atenção internacional pelo êxodo forçado dos rohinyas.

O pontífice de 80 anos partiu em sua 21ª viagem às 21H57 locais de Roma (28h57 de Brasília) e sua chegada a Rangum, capital econômica de Mianmar, está prevista para as 13h30 locais de segunda-feira (05h40 de Brasília).

“Peço-lhes que me acompanhem com orações com a finalidade de que minha presença seja, para estas populações, um sinal de proximidade e esperança”, pediu o papa ao meio-dia de domingo diante de 30.000 fiéis, reunidos na Praça de São Pedro para a oração do Angelus.

Jorge Bergoglio expressou também neste domingo sua “grande dor” pelo atentado terrorista que matou na sexta-feira 305 pessoas, muitas delas crianças, em uma mesquita do Sinai, no Egito, país que visitou em abril.

Após visitar a Colômbia, onde promoveu a paz, o papa agora viaja a dois países pobres e esquecidos da Ásia, onde os católicos são uma pequena minoria, em perigo constante.

O papa argentino chega a Mianmar para a primeira visita de um pontífice a este país, pressionado pela comunidade internacional após ser acusado esta semana pelos Estados Unidos de submeter a minoria rohinya a uma verdadeira “limpeza étnica”, além de lhes negar a cidadania.

Cerca de 900.000 rohinyas de Mianmar estão no maior acampamento de refugiados do planeta, no sul de Bangladesh. Desde o fim de agosto, 620.000 fugiram de seus povoados no estado de Rajin (oeste birmanês) para escapar da violência militar.

Às vésperas da visita papal, anunciou-se na quinta-feira um acordo entre os governos de Bangladesh e de Mianmar para o retorno gradual dos rohinyas que fugiram em agosto.

Ao final da segunda etapa de sua viagem, de 30 novembro a 2 de dezembro, o papa escutará os testemunhos de um grupo de refugiados rohinyas em Bangladesh, embora não tenha programada uma visita aos acampamentos.

Em Mianmar, 90% dos 58 milhões dos habitantes é budista e os católicos representam 1,2% da população, cerca de 660.000 pessoas.

Em Bangladesh, os católicos são 375.000 e representam 0,24% dos 160 milhões de habitantes. Trata-se da segunda visita de um papa ao país depois da realizada por João Paulo II em 1986.

(AFP)

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