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Médico, 91 anos e aposentado. Mas trabalha de graça no hospital

DOCTOR

VayaAspirina - Twitter

Esteban Pittaro - publicado em 01/12/17

Quando você quiser saber o que é vocação, lembre-se deste senhor

Uma foto que conta muitas histórias. Luis Schapira tem 91 anos de idade. É médico há 67 anos, e se aposentou formalmente há 27. Porém, todas as manhãs, ele atende gratuitamente no Hospital Fernández, um hospital público de Buenos Aires.

Provavelmente ele nem tenha visto quando uma usuária do Twitter tirou uma foto dele esperando o elevador apoiado em sua bengala.

“Quando você quiser saber o que é a vocação, lembre-se deste médico aposentado que continua vindo ao hospital voluntariamente”, escreveu @VayaAspirina.

A neta do senhor Luis viu a foto no Twitter e comentou: “Meu avô. 91 anos. A melhor pessoa do mundo, sem dúvidas”.

A história viralizou e um jornal fez uma entrevista com o médico.

“Continuo indo [ao hospital] porque amo a Medicina e o hospital público. Gosto de aprender, embora saiba que me restam poucos anos para trabalhar. Continuo estudando e adoro ouvir os jovens a quem me dirigi quando fizeram a residência. As manhãs são os momentos mais lindos dos meus dias”, disse o senhor Luis ao jornal La Nación.

Depois da publicação, outras histórias semelhantes surgiram nas redes sociais. “Meu pai, que é psiquiatra com quase 86 anos, continua atendendo gratuitamente no Hosp. Penna. Só deixou de ir dois meses ou menos depois de uma cirurgia de urgência. Vocação pura”, escreveu uma usuária com o nome de Silvina.

Outra usuária, Mônica, lembrou que o pai dela, já falecido, fazia a mesma coisa: “Meu velho também era psiquiatra. Dos antigos. Morreu em 1985 aos 82 anos. O hospital era a vida dele”.

Médicos apaixonados pelo hospital, que mesmo depois da aposentadoria decidem continuar ajudando porque sabem que tantos anos de conhecimento e experiência ainda podem dar frutos, são encontrados em várias partes da Argentina e do mundo.

A paixão pela profissão parece estar na alma, não há outra explicação para algo tão abençoado quanto a vocação, que, em muitos casos, transcende os anos de remuneração que a profissão permite.

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