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A história real dos monges que habitaram a ilha de “Os Últimos Jedi”

ISLA SJELLING

Flickr Chb1848 (CC-BY-SA-2.0)

ACI Digital - publicado em 20/12/17

Local onde foi gravado o episódio de "Star Wars" tinha uma igreja dedicada a São Miguel Arcanjo; ruínas podem ser visitadas

A famosa “ilha dos Jedi”, onde foi rodado o oitavo episódio da saga Star Wars, foi, há centenas de anos, o lar de resistentes monges irlandeses que construíram uma ilha em honra a São Miguel Arcanjo.

Dom James Conley, Bispo de Lincoln, Estados Unidos, recordou a história das duas Ilhas Skellig, na Irlanda, onde foram gravadas várias cenas do sétimo (“O Despertar da Força”) e do oitavo episódios (“Últimos Jedi”) de Star Wars.

Em declarações a CNA – agência em inglês do grupo ACI –, comentou que viajou à ilha Skellig Michael quando “tinha me convertido recentemente ao catolicismo”.

Sua motivação surgiu após ler “sobre esses incríveis monges que viviam e rezavam nessa rocha, e como não havia terra, tiveram que construir camas com algas para cultivar qualquer alimento”.

“Eles levaram uma vida ascética incrível nestas frias rochas e tudo o que fizeram foi rezar, eram como esses monges ascéticos dos primeiros tempos do cristianismo, os quais viviam no deserto e que levavam um estilo de vida que dificilmente se pode imaginar hoje”, expressou Dom Conley.

Ruínas do mosteiro / Foto: Flickr Highlander411 (CC-BY-2.0)

Explicou que é “muito difícil e perigoso entrar no porto da ilha. Tem que ir quando houver uma boa maré, porque a água não chega a ser suficientemente alta para deixar você sair. E só pode ficar em Skellig por aproximadamente uma hora”.

Vista do mar a partir das ruínas do mosteiro / Foto: Flickr Arnold Valentino (CC-BY-NC-2.0)(CC BY-NC 2.0)

Parte superior da ilha / Foto: Flickr Dunce002917 (CC-BY-NC-2.0)

Quando chegaram, subiram pelas escadas que conduzem à parte alta da ilha e contemplaram as ruínas da capela dos monges.

“Lembro que havia uma jovem que tinha um violino em sua mochila e que ela tocou uma bela melodia na parte alta da rocha, no meio do oceano”, indicou o Prelado.

“E foi nesse mesmo lugar onde se filmou a cena para o ‘Despertar da Força’, onde Luke Skywalker e Rey, a protagonista, se conhecem. Quando vi o filme, reconheci o local e, de certo modo, tinha me esquecido dele. Reconheci que essa era o mesmo lugar onde tínhamos nos sentado”, manifestou.

Para Dom Conley, foi “uma experiência muito mística… foi uma experiência muito poderosa, principalmente porque sabíamos que esses monges santos tinham vivido nessa rocha e que rezaram e celebraram a Missa ali, era possível ver as ruínas do altar. Nós sabíamos que estávamos em um lugar muito santo”.

O Bispo de Lincoln disse a CNA que planeja ir ver “Os Últimos Jedi”.

A história dos monges irlandeses e da ilha

Skelling Michael é uma das duas Ilhas Skelling, com uma área de onze quilômetros na costa sudoeste da Irlanda. Antigamente estava desabitada, provavelmente porque o terreno rochoso a tornava inacessível, até que São Finnian de Clonard, um monge irlandês, fundou ali um mosteiro no século VI.

O monastério prosperou e permaneceu durante séculos. É composto por grandes escadas, numerosas celas, oratórios e uma igreja. Dizem que inclusive sobreviveu a um ataque dos vikings no século IX. O nome Michael foi porque durante a metade do século X construiu-se na ilha uma igreja dedicada a São Miguel Arcanjo.

São Columcille costumava dizer que esta ilha era “um deserto em um mar sem caminhos”.

Infelizmente, o monastério foi abandonado entre os séculos XII e XIII. Atualmente a ilha foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e está aberta aos visitantes.

(ACI Digital)

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