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ONU e Igreja pedem cessar-fogo ‘mais robusto’ com ELN na Colômbia

BOGOTA

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Agências de Notícias - publicado em 08/01/18

A ONU e a Igreja Católica, que verificam o primeiro cessar-fogo bilateral com o ELN na Colômbia, advogaram por um “acordo mais robusto”, na véspera de concluírem a trégua, na terça-feira.

Em um comunicado conjunto divulgado nesta segunda-feira (8), os dois organismos chamaram o governo e os rebeldes a “preservarem as conquistas” obtidas durante a suspensão temporária do confronto que foi acordada no âmbito dos diálogos de paz de Quito.

Ainda que se digam “conscientes” das dificuldades na implementação da trégua, que começou em 1º de outubro de 2017, a Igreja e as Nações Unidas “compartilham a necessidade de um acordo de cessar-fogo mais robusto que gere maior confiança entre as partes e na sociedade colombiana”.

A missão de verificação composta pelas duas instituições não se pronunciou explicitamente sobre uma prorrogação do cessar-fogo, mas insistiu em seu pedido para que perseverem nos diálogos com o Exército de Libertação Nacional (ELN), a última guerrilha ativa na Colômbia reconhecida pelo governo.

Também exortaram ao governo e seu contraparte a “avançar ainda mais, até a redução da violência, e consolidar e ampliar os benefícios alcançados desde o estabelecimento do cessar-fogo”.

A algumas horas de acabar a trégua, os delegados do governo e do grupo guevarista retomarão na terça-feira em Quito as conversas de paz, em meio à expectativa de uma eventual extensão do cessar-fogo.

Embora as partes se acusem de incumprimentos mútuos, expressaram sua intenção de negociar uma extensão do acordo, ou inclusive negociar um novo.

Durante esses meses de trégua não foram registrados combates entre os militares e as tropas rebeldes, mas o ELN foi acusado, por exemplo, de violar o pacto ao assassinar um governador indígena, um feito pelo qual essa organização pediu perdão.

O grupo rebelde considerou como incumprimento a morte de sete camponeses cocaleiros em um ataque que envolveu a força pública e as operações militares em suas zonas de influência.

Com menos de 2.000 combatentes, a guerrilha surgida sob a influência da Revolução Cubana está negociando um acordo de paz, após o assinado pela agora ex-guerrilha comunista das Farc em novembro de 2016.

O presidente Juan Manuel Santos, que deixará o poder em agosto, espera levar à frente as negociações iniciadas há quase um ano em Quito, visando extinguir o último conflito armado do continente que, em mais de meio século, deixou cerca de oito milhões de vítimas entre mortos, feridos e deslocados.

(AFP)

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