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Como a mais famosa enfermeira da história mudou os rumos de sua profissão

NIGHTINGALE

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Adriana Bello - publicado em 12/01/18

Ela não era apenas talentosa em matemática e ciência, mas tinha infinita generosidade e preocupação com os outros

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Florence Nightingale nasceu em 12 de maio de 1820, em Florença – daí o nome dela –, e mudou-se para a Inglaterra pouco depois. Os Nightingales eram das classes mais altas, então eles deram a seus filhos uma educação nobre e os levavam aos eventos sociais mais importantes, mas Florence gostava mesmo era de matemática e ciência.

Em uma ocasião, seus pais levaram ela e sua irmã em uma viagem pela Europa, que era muito comum entre as jovens mulheres da época como parte de sua formação cultural. Mas, para Florence, a viagem foi algo mais: foi onde ela descobriu sua verdadeira vocação na vida. Em sua passagem por diferentes países, ela anotou em seu diário pessoal estatísticas sobre a população e o número de hospitais. E foi então que ela percebeu que queria dedicar sua vida à enfermagem.

Claro, seus pais se opuseram. Uma jovem como ela deveria se casar com um bom pretendente e não trabalhar (muito menos como enfermeira).

Florence rejeitou várias propostas de casamento e não descansou até que finalmente conseguiu ir a uma escola de enfermagem na Alemanha por volta de 1850. Depois, ela voltou para Londres e começou a trabalhar em um hospital na Rua Harley, onde foi rapidamente promovida a superintendente.

A Guerra da Crimeia

Quando a Guerra da Crimeia estourou em 1853, o número de baixas no Exército britânico aumentava a cada mês. O secretário de guerra, Sidney Herbert, decidiu chamar Nightingale, a quem ele conhecia há algum tempo, e a quem ele confiou para cuidar de seus soldados. Foi a primeira vez que uma mulher foi encarregada de algo assim, e Florence reuniu mais de 30 enfermeiras de diferentes ordens religiosas para ir a Scutari, na Turquia.

Ao chegar, as enfermeiras conheceram uma cena ainda mais horrível do que imaginavam. Tudo estava muito sujo: o chão estava coberto de fezes e a água estava contaminada, porque estavam em um grande esgoto, e havia ratos e insetos por todo o lado. As condições não só não ajudavam as tropas a se recuperar, mas pioravam. De fato, houve mais mortes por doenças infecciosas do que por fementos de guerra.

A primeira coisa que Florence fez foi limpar profundamente o local e melhorar a ventilação. Então ela instalou uma lavanderia para garantir lençóis limpos, uma cozinha para satisfazer requisitos especiais de comida e até uma biblioteca para entretenimento.

Ela também gostava de fazer rondas à noite com uma lamparina (algo que nenhuma enfermeira já fez em seu tempo) para garantir que seus pacientes ficassem tão confortáveis ​​e bem atendidos quanto possível. Os soldados apreciaram seu senso de caridade e sua forma respeitosa e compassiva de tratá-los, então alguns começaram a chamá-la de “a dama da lâmpada” e outros “o anjo da Crimeia”. O resultado foi notável: houve muito menos mortes.

NIGHTINGALE
Internet Archive book images - Public domain

A foto de Florence com sua lâmpada apareceu em vários jornais britânicos e a fez muito popular. Então, quando a guerra terminou e ela voltou para a Inglaterra, foi recebida como uma heroína. Mas ela não queria fama, na medida em que ela usou um pseudônimo para evitar ser reconhecida. Ela até usou o dinheiro que a rainha Vitoria deu por seu serviço para construir um hospital e uma escola de enfermagem.

Poemas, músicas e textos foram escritos sobre ela, levando muitas mulheres (de todos os níveis sociais) a querer ser como ela. As enfermarias tornaram-se uma vocação socialmente respeitável e os hospitais tornaram-se lugares limpos e espaçosos onde pessoas doentes poderiam se recuperar com dignidade.

Infelizmente, na Turquia, ela pegou “febre da Crimeia” e nunca se recuperou completamente. Ela teve que permanecer na cama desde a idade de 38 anos até sua morte, mas isso não a impediu de continuar seu trabalho humanitário por várias décadas.

Durante a guerra, como quando era criança, ela tomou notas que se tornaram úteis para estudos de epidemiologia. Ela escreveu vários livros para pessoas de baixa renda que não tinham acesso a remédios, indicando-lhes remédios caseiros. E ela recebeu visitas de políticos e figuras públicas, a quem ela aconselhou em questões de saúde pública e funcionalidade hospitalar durante os tempos de guerra.

Aos 87 anos, Florence se tornou a primeira mulher a receber a Ordem do Mérito do Reino Unido. Três anos depois, ela morreu em sua casa em Londres. Seu funeral foi íntimo e simples, assim como ela havia pedido.

Sem dúvida, seu conhecimento científico foi crucial para alcançar tudo o que ela fazia, mas era seu espírito de generosidade e sua preocupação com os necessitados que a inspiraram a usá-lo. Agora, em seu aniversário, 12 de maio, é o Dia Internacional das Enfermeiras, para recordar a mulher que ajudou um número incontável de pessoas, colocando seu coração naquela nobre profissão.

Tags:
CiênciaMulherTrabalho
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