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A decisão de Serena Williams traz revelações importantes sobre a maternidade

Serena Williams

Serena Williams | Instagram | Fair Use

Grace Emily Stark - publicado em 15/01/18

Ter filhos ajudou muitos atletas a voltarem a seus esportes ainda mais fortes, mas de maneiras diferentes

Serena Williams esteve nas manchetes novamente, mas não pelas razões usuais. A campeã do Grand Slam anunciou recentemente que não iria participar do Aberto da Austrália, apesar das esperanças e garantias dos oficiais do torneio de que ela competiria. Os motivos não foram inteiramente claros, pelo menos por sua declaração. Depois de dar à luz sua primeira filha – Alexis Olympia – há apenas quatro meses, em meio a numerosas complicações durante e após o nascimento, a tenista número 1 do mundo não se sente preparada para competir neste momento, e assim fará uma pausa maior.

Os críticos podem ser rápidos em apontar que a escolha de William de se retirar do Aberto da Austrália é uma evidência de que a maternidade pode deixar as mulheres com maior desgaste físico e interromper uma carreira promissora. Sua filha nasceu por cesariana de emergência depois que a frequência cardíaca do bebê diminuiu para níveis perigosos, e Williams sofreu embolias pulmonares que levaram a numerosos intervenções, requerendo descanso total por seis semanas após o parto.

Mas o que Serena Williams provavelmente descobriu – como muitas outras mães, atletas de elite ou não – é que a maternidade nos muda, mas muitas vezes para melhor. Mesmo diante contratempos médicos assustadores.

Maternidade: o segredo para o equilíbrio

Com seu anúncio, Serena Williams está provando que a maternidade verdadeiramente “muda o jogo” – mas não necessariamente de forma ruim. Esta não é a primeira vez que ela falou sobre como a maternidade é poderosa e como influenciou seu desempenho nas quadras.

“Quando estou ansiosa, perco jogos, mas agora vejo que muita angústia desapareceu quando Olympia nasceu”, afirmou Williams em uma recente entrevista à Vogue. “Sabendo que eu tenho esse lindo bebê em casa, sento como se não tivesse que jogar outra partida. Não preciso do dinheiro, dos títulos ou do prestígio. Quero-os, mas não preciso deles. Isso é um sentimento diferente para mim”.

E ela não é a única. Outro ícone de esporte feminino, Kerri Walsh Jennings, integrante da talvez maior equipe de vôlei de praia de todos os tempos, expressou comentários semelhantes. “Antes de eu ter filhos, era como se isso fosse trivial… Eu estava jogando por tanto tempo, e era como se eu precisasse de equilíbrio”, disse Walsh Jennings à Redbook. “Eles [minha família] me deram o equilíbrio. Levaram meu jogo, meu desejo e minha paixão pela vida para um próximo nível”.

Algumas outras maneiras pelas quais a maternidade pode nos melhorar:

Nós nos tornamos melhores solucionadores de problemas…

Há evidências que sugerem que a maternidade pode nos tornar mais perspicazes. A pesquisa também sugere que a maternidade pode aumentar nossa inteligência e sensibilidade emocional. E a maternidade também pode fazer de você uma melhor empresária e empreendedora.

Katie Hintz-Zambrano, co-fundadora da revista Mother e fundadora da conferência In Good Company, diz: “A maternidade é uma solução de problemas engenhosa, o que também é uma grande habilidade empresarial”. Ter um bebê ficou até conhecido como “revolução para o cérebro”, pois os pais devem navegar por todos os novos desafios que as crianças implicam.

É impressionante que Williams possa até dizer que se sente “muito perto” de estar pronta para um torneio internacional depois de ter dado à luz em setembro – sem mencionar o fato de que ela estava jogando tênis novamente de forma competitiva no final de dezembro. Mas talvez seja por isso que é ainda mais notável que a super-estrela do tênis tenha a humildade de dar um passo atrás e continuar a se recuperar, tudo enquanto absorve os altos e baixos da nova maternidade – um novo trabalho que ela claramente ama.

A maternidade pode nos tornar mais fortes…

Poucas pessoas poderiam esperar o bíceps incrível que Serena Williams tem após anos de tênis profissional. Mas para o resto de nós, o aumento da força física é um grande benefício. Meus braços nunca foram mais tonificados na minha vida, graças a um adorável, gordinho, com aproximadamente 12 kg, de 10 meses de idade, que se chama Gabriel. Carregar Gabriel é melhor do que qualquer exercício de braço – e levá-lo para cima e para baixo também não é brincadeira para minhas pernas. Mas até mesmo as mães de crianças menores sabem a força que fizerem para o nascimento do bebê – seja pelo parto normal ou se passaram semanas se recuperando da cesariana.

Graças a essas mulheres e outras pessoas, é encorajador que agora haja uma lista completa de incríveis mulheres olímpicas que voltaram aos seus esportes melhores e mais fortes do que nunca depois de ter bebês.

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