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Prisão domiciliar para líder mapuche antes de visita do papa ao Chile

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Agências de Notícias - publicado em 16/01/18
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Linconao havia sido absolvida no caso em outubro, mas a Justiça anulou o julgamento

A “machi”, maior figura médica e religiosa do povo mapuche, Francisca Linconao, permaneceu nesta segunda-feira (15) em prisão domiciliar noturna no Chile à espera de um novo julgamento pelo assassinato de um casal de idosos em 2013.

A resolução do Tribunal Oral Penal de Temuco (800 quilômetros ao sul de Santiago) é revelada na véspera da viagem a essa cidade do papa Francisco, que disse que tentará aproximar posições com o povo mapuche, que reclama a restituição de terras que considera suas por direitos ancestrais.

Linconao havia sido absolvida no caso em outubro, mas a Justiça anulou o julgamento e ordenou a realização de um novo processo para o final de fevereiro.

A dirigente esperava a realização do novo julgamento em liberdade, mas por ordem do tribunal agora deverá permanecer em prisão domiciliar durante a noite, embora possa sair durante o dia.

“Sempre vão aplicar a justiça de forma diferente para as pessoas mapuche. Neste caso, as medidas cautelares sempre serão terríveis para nosso povo”, afirmou após a audiência Ingrid Conejeros, porta-voz da machi.

Antes de saber da nova resolução, a machi havia expressado seu desejo de se reunir com Francisco, que na quarta-feira (17) realizará uma missa em massa no campo de Maquehue e, posteriormente, encontrará um grupo de indígenas, entre os quais não estaria a machi Linconao.

“Gostaria de dizer a ele tudo o que está acontecendo aqui com o povo mapuche. Tem que me receber para que eu possa conversar com ele”, afirmou a líder indígena.

Linconao foi absolvida junto com outros 10 envolvidos, acusados pelo assassinato do casal de idosos Luchsinger Mckay em 2013 depois do incêndio de sua casa, em um dos julgamentos mais emblemáticos da causa mapuche.

Por este caso, o único condenado é o curandeiro mapuche Celestino Córdova, membro da mesma comunidade de Linconao, sentenciado a 18 anos de prisão em fevereiro de 2014.

Córdova foi detido quando fugia da fazenda, encapuzado e ferido por um tiro no tórax.

(AFP)

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