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Por que 65 anos não significam mais “velhice”

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Zoe Romanowsky - publicado em 21/01/18

60 pode não ser o novo 50, mas talvez seja hora de repensar nossas categorias de estágios de vida

O que exatamente é “idade avançada”? Poderia ser hora de repensar isso?

De acordo com SeniorLiving.org, em 1900, a expectativa média de vida para homens brancos nos EUA era de 47 [para homens negros era de 33] e para mulheres era 49 [para mulheres negras era 34]. Até o ano 2000, a expectativa de vida dos homens brancos aumentou para 75 [68 para os homens negros] e para as mulheres brancas era 80 [75 para as mulheres negras]. Os especialistas dizem que a expectativa de vida só continuará a aumentar.

Os estágios da vida são conceituações sociais, e as nações mais ricas têm operado com um modelo particular há muito tempo, como o artigo originalmente publicado no Economist salienta :

Palavras como “velho” e “aposentado” são sinais para os políticos, bem como para os próprios idosos, como devem se comportar e serem tratados pelos governos, empresas e empregadores. Em um modelo de três estágios do ciclo da vida, as crianças aprendem, os adultos trabalham e os idosos descansam. Como resultado, a maioria das instituições ainda trata “65 anos” como um ponto de corte social e econômico.

Ninguém é “inútil”, é claro, não importa quantos anos tenha. Descrever os mais velhos dessa forma é um fracasso em reconhecer a humanidade, os dons e o valor que eles trazem para a sociedade.

Mas, como observa o artigo, o envelhecimento é gradual e as pessoas experimentam isso de forma diferente. Vivemos mais tempo agora e muitos fatores estão mudando a forma como envelhecemos e como trabalhamos – avanços na medicina, maior conscientização sobre saúde e bem-estar, mais pessoas obtendo educação superior, casamentos acontecendo cada vez mais tarde, apenas para citar alguns. Nós mudamos de carreira e emprego muitas vezes ao longo de nossas vidas agora e nem sempre fazemos as coisas na mesma ordem que as gerações anteriores. Dado tudo isso e a variação em como experimentamos nossos “anos de ouro”, provavelmente é hora de revisar o modelo de 3 estágios.

Existem inúmeras formas de categorizar os estágios de desenvolvimento, e os psicólogos propuseram muitos modelos, como os estágios de desenvolvimento humano de Erik Eriksons. Mas para mantê-lo simples, poderíamos levar a sério a sugestão da Economist para começar a reconhecer uma nova etapa entre “idade adulta” e “idade avançada”. Poderíamos considerar a faixa etária de 60 a 80 anos a ser marcada por – entre outras coisas – um foco no significado, criatividade, autodeterminação e desaceleração [na melhor das formas].

Há também outra coisa a considerar: os jovens adultos de hoje, pelo menos nos Estados Unidos, podem não ter Seguridade Social ou aposentadoria quando completarem 65 anos. E talvez eles não tenham as poupanças robustas que muitos de seus pais tiveram. Isso significa que, quando tiverem seus 60 e 70 anos, será uma etapa bem diferente das gerações de seus pais e avós.

Então, ao invés de ver “65 anos” como o início da “velhice”, talvez devêssemos começar a tratar esse marco como outro estágio de uma idade adulta dinâmica, mais complexa e com mais possibilidades.

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