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Governo Trump acaba com a obrigação federal de financiar o aborto nos EUA

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AFP/Getty Images

Jaime Septién - Reportagem local - publicado em 22/01/18

Medida foi anunciada juntamente com o apoio do presidente aos manifestantes pró-vida que marcharam por Washington em defesa dos bebês

Um dia antes de completar seu primeiro ano à frente do governo dos Estados Unidos, o presidente Donald Trump realizou dois atos explícitos contra o aborto.

O primeiro foi o anúncio de que faria um pronunciamento via satélite, ao vivo, para os milhares de participantes da Marcha pela Vida, um evento massivo que acontece todos os anos em Washington, sempre no dia 19 de janeiro, em defesa da vida humana desde a concepção até a morte natural. O evento nasceu há 45 anos, como reação contrária à aprovação da lei que legalizou o aborto no país. Saiba mais acessando este outro artigo.

Com seu discurso aos manifestantes e ativistas pró-vida, Trump se tornou o primeiro presidente dos Estados Unidos a participar da Marcha pela Vida em tempo real.  O vice-presidente Mike Pence tinha sido o pioneiro entre seus pares ao participar do evento no ano passado.

Também participaram como oradores na Marcha o presidente da Câmara, Paul Ryan (deputado republicano pelo Estado de Wisconsin) e os também republicanos Jaime Herrera (Washington) e Chris Smith (Nova Jersey).

Mas o segundo ato de Trump teve ainda mais impacto:

Fecham-se as torneiras federais para a rede abortista Planned Parenthood

A Casa Branca anunciou o fim dos obstáculos que o governo de Barack Obama tinha criado para os Estados que desejavam cancelar os financiamentos para a rede de clínicas de aborto Planned Parenthood. O programa Medicaid obrigava os Estados a destinarem verba pública a essa organização.

De fato, alguns Estados, como o Texas, já queriam eliminar o financiamento a centros abortistas favorecidos pelo Medicaid, mas as diretrizes de Obama os impediam. Agora, em uma carta enviada aos diretores do Medicaid em cada Estado, o governo Trump declarou que a lei imposta pelos democratas “fazia parte dos esforços do governo Obama para favorecer o aborto”.

Charmaine Yoest, secretária adjunta de assuntos públicos de saúde do atual governo, afirmou em entrevista coletiva:

“Este é um dos esforços do governo Trump para retirar as regulações que o governo Obama tinha lançado para favorecer radicalmente o aborto”.

Os grupos participantes da Marcha pela Vida e, no geral, todos os grupos que se opõem ao aborto, viram com bons olhos a nova decisão, pois consideram que, agora, os contribuintes norte-americanos não serão mais obrigados a financiar o aborto – nem, especialmente, a polêmica rede Planned Parenthood, envolvida em vários escândalos hediondos, desde denúncias de tráfico de órgãos de bebês abortados até manipulações ideológicas para levar as gestantes a crerem que o bebê não é um ser humano, e sim um mero “amontoado de células”.

Confira aqui alguns dos escândalos envolvendo a rede Planned Parenthood:

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O desafio ainda vai continuar

A anulação da orientação anterior não permitirá automaticamente que os Estados proíbam a Planned Parenthood de participar dos programas Medicaid, mas indica que o governo Trump está apoiando os esforços neste sentido.

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