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“Diácono da morte” belga admite ter provocado 20 mortes

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Agências de Notícias - publicado em 23/01/18
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Primeiro matou pacientes como enfermeiro, nos anos 1980 e 1990, e depois o fez até 2011

O ex-enfermeiro e diácono de uma diocese na região belga de Flandes admitiu no primeiro dia de um processo em Bruges (noroeste) ter provocado a morte de vinte pessoas.

Ivo Poppe, de 61 anos e apelidado pela imprensa local de “Diácono da morte”, forneceu pela primeira vez uma estimativa do número de suas vítimas, superior às dez mortes atribuídas a ele.

“Foram 10 ou 20, 20 no máximo, aproximadamente”, respondeu o acusado durante o primeiro interrogatório judicial.

“Queria eliminar o sofrimento de pessoas que já não viviam”, afirmou Ivo Poppe, que expressou arrependimento. “Hoje eu chamaria uma equipe de cuidados paliativos”, acrescentou.

A maioria de suas vítimas era de idosos, a quem ele decidiu diminuir o sofrimento físico ou psíquico quando trabalhava como enfermeiro em um hospital de Menin, fronteia com a França.

O método consistia em administrar grandes doses de valium ou injetar ar nas veias dos pacientes.

Primeiro matou pacientes como enfermeiro, nos anos 1980 e 1990, e depois o fez até 2011, depois de ser ordenado diácono.

Durante a investigação, que se baseou em uma lista de 50 mortes suspeitas, admitiu ter reduzido o sofrimento de dois pacientes e de quatro parentes, incluindo sua mãe, mas nega que tenham sido assassinatos e sim “eutanásia ativa”.

Ele foi detido em 2014 depois que seu psiquiatra informou à justiça sobre suas confidências.

O julgamento, que deve durar duas semanas, terá 80 testemunhas. Ivo Poppe enfrenta a prisão perpétua.

Na Bélgica, a eutanásia ativa é autorizada por lei desde 2002 para os pacientes que sofrem de um mal incurável e que tenham feito seu pedido neste sentido de forma voluntária.

(AFP)

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