O presidente do Equador, Lenín Moreno, classificou de “ato terrorista” do narcotráfico o ataque com carro-bomba contra um quartel policial, localizado na fronteira com a Colômbia, e que deixou 28 pessoas com ferimentos leves neste sábado.”É um ato terrorista ligado a quadrilhas de narcotraficantes que foram afetadas pelas forças de segurança do Estado equatoriano. Não vamos permitir que nos amedrontem”, escreveu Moreno em sua conta do Twitter.
O presidente decretou o estado de exceção nos municípios de Eloy Alfaro e San Lorenzo, onde vivem cerca de 56.000 pessoas, “a fim de fortalecer a segurança dos cidadãos e da fronteira”.
De acordo com a Constituição, o estado de exceção permite ao presidente recorrer às Forças Armadas e à polícia, ordenar o fechamento das fronteiras, estabelecer como zona de segurança todo a parte do território nacional.
A Procuradoria do Equador disse em sua conta do Twitter que investiga o suposto “atentado com carro-bomba e os possíveis autores”.
Cerca de 95% da infraestrutura do quartel da localidade de San Lorenzo, na fronteira com a Colômbia, foi afetado. Além disso, “foram registradas 63 moradias afetadas e foram atendidas 28 pessoas com ferimentos leves, entre moradores e policiais, apontou o Ministério do Interior na mesma rede social.
Pelo menos 38 casas deverão ser evacuadas pelos danos causados no suposto atentado, um ato que não é frequente no Equador.
A explosão ocorrida na madrugada do sábado afetou a parte de trás do quartel, onde funcionavam o refeitório e o dormitório dos policiais.
“Aproximadamente à 01H30 da manhã se recebe o alerta e se escuta a explosão de um artefato”, declarou à rádio pública equatoriana o coronel William Martínez, chefe do destacamento de San Lorenzo.
Ele acrescentou que após as inspeções realizadas pela equipe de criminalística “se pode determinar que é um carro-bomba. Tal veículo foi abandonado com explosivos e (ficou) praticamente destroçado”.
San Lorenzo é uma área convulsa com forte presença policial e militar por sua proximidade com a fronteira.
(AFP)