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Enviado do papa chega ao Chile neste mês para investigar abusos sexuais

June 29, 2015: Pope Francis celebrates a mass where he bestowed the Pallium, a woolen shawl symbolizing their bond to the pope, to new Metropolitan Archbishops, in St. Peter’s Basilica at the Vatican.

Mgr Charles Scicluna, archevêque de Malte © Alessia Giuliani/CPP/CIRIC

29 juin 2015 : Mgr Charles Jude Scicluna

Agências de Notícias - publicado em 13/02/18

O bispo Charles Scicluna, arcebispo de Malta, considerado um dos maiores especialistas em crimes sexuais, chegará ao Chile no dia 20 de fevereiro para investigar as acusações de acobertamento de abusos por parte do bispo Juan Barros, informou nesta segunda-feira (12) a página Vatican Insider.

O Papa Francisco decidiu enviar Scicluna para “escutar quem manifestou a vontade de expôr os elementos que possuam” sobre o religioso, acusado de ter acobertado crimes do sacerdote Fernando Karadima nos anos 1980 e 1990.

Scicluna deverá apresentar um relatório ao Papa, até 26 de fevereiro, sobre sua delicada missão no Chile, segundo a página especializada em informações religiosas.

O enviado do pontífice tem na agenda, em 17 de fevereiro, um encontro em Nova York com uma das vítimas de abuso sexual de Karadima.

Em seguida, vai ao Chile escutar outras duas vítimas do sacerdote, entre 20 e 23 de fevereiro, segundo a mesma fonte.

Finalmente, em 26 de fevereiro, o prelado deverá ser recebido pelo Papa argentino no Vaticano.

A primeira das vítimas a ser entrevistada será Juan Carlos Cruz, que afirma ter escrito em 2015 uma carta a Francisco na qual denunciava a situação do bispo Barros, nomeado por Francisco neste ano para a cidade de Osorno, no sul do Chile, apesar de que estaria pessoalmente envolvido no escândalo.

O caso marcou a viagem de Francisco ao Chile, sobretudo depois de o bispo acompanhar o pontífice em várias cerimônias públicas. O Papa acreditava serem calúnias as acusações das vítimas contra o bispo.

Após a polêmica, diante da imprensa que lhe acompanhava no avião de volta da viagem ao Chile e ao Peru, o pontífice pediu desculpas às vítimas de abusos sexuais por suas declarações a favor de Barros.

Poucos dias depois, o Papa anunciou que, devido às “novas informações” recebidas, decidiu enviar Scicluna ao Chile para escutar “aqueles que mostraram a vontade de entregar mais elementos em seu poder” ao prelado.

Scicluna foi o encarregado de investigar o religioso mexicano Marcial Maciel em 2005, fundador da congregação dos Legionários de Cristo, que protagonizou um dos maiores escândalos da Igreja, ao ser considerado culpado de diversos abusos sexuais cometidos durante décadas.

(AFP)

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