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“Sobrevivi a Auschwitz porque sabia que eu era amada”

LILIANA SEGRE

Rai.tv

Reportagem local - publicado em 16/02/18

Sobrevivente do Holocausto conta como conseguiu superar as atrocidades dos campos de concentração quando ela ainda era uma criança

Liliana Segre conheceu o horror dos campos de concentração, embora não aparente. Ela tem olhar claro. O olhar de quem viu atrocidades e foi vítima delas, mas continuou em frente, custasse o que custasse. Lutou para que a vida prevalecesse.

Durante mais de 40 anos, Liliana não disse nada. Até que percebeu a força de seu testemunho. Desde então, comprometeu-se incansavelmente a transmitir a sua história e a encontrar-se com estudantes de várias escolas de Milão.

Recentemente, o presidente italiano, Sérgio Mattarella, nomeou-a senadora vitalícia. “A vida de Liliana Segre é um testemunho de liberdade. Como senadora, ela demonstrará o valor da memória”, disse Paolo Gentiloni, presidente do Conselho de Ministros italiano. Segundo a Constituição do país, o presidente pode nomear os cidadãos para este cargo, desde que eles tenham “honrado a pátria em virtude de seus méritos nos âmbitos social, científico, artístico e literário”.

Deportação

Nascida em Milão, em 1930, aos oito anos de idade Liliana Segre, foi vítima das leis raciais fascistas e se viu obrigada a deixar a escola primária em setembro de 1938. Cinco anos, depois, quando tentava fugir para a Suíça com seu pai e dois primos, foi presa e devolvida para a Itália. Em janeiro de 1944, foi deportada com seu pai para Auschwitz-Birkenau, Alemanha, onde durante quase um ano foi submetida a trabalhados forçados em uma fábrica de munição. No fim de janeiro de 1945, ela foi transferida para o campo feminino de Ravensbrück e depois para Malchow, no norte da Alemanha. Finalmente, foi libertada em maio de 1945, regressando a Milão em agosto do mesmo ano.

Liliana Sagre, que hoje tem 87 anos, é casada e tem três filhos, permaneceu em silêncio durante 45 anos. Mas no começo dos anos 1990, decidiu contar sua história aos jovens. Em uma entrevista concedida ao jornal italiano Corriere dela Sera, ela resume em uma palavra o que a manteve viva durante todas as adversidades: o amor.

“Ainda me pergunto como a criança que eu era pode se salvar. Lembro que eu tinha a cabeça raspada e os pés cheios de feridas, caminhando até a morte… Você encontrou alguma resposta? O amor. Eu era muito amada pelos meus avós, pelo meu pai(…). Um amor que me protege até hoje. É como uma armadura que me protege de todos os males do mundo” (Corriere dela Sera, 20 de janeiro de 2018).

Tags:
nazismoPecado
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