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Por que a educação emocional é tão importante?

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Javier Fiz Pérez - publicado em 13/03/18

As emoções dão cor à vida

Viver junto é descobrir o outro, valorizá-lo, tomar ciência das semelhanças e da interdependência entre os seres humanos.

A docência não se limita aos ensinamentos intelectuais; seu objetivo é a educação que contribui com o desenvolvimento global de cada pessoa: corpo, mente, inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade individual e espiritualidade.

Dimensão neuropsicológica

Joseph LeDoux, que, juntamente com Antonio Damasio, estudou os aspectos emocionais de nossa conduta, nos ensina sobre os caminhos que o cérebro percorre para avaliar diversas situações. Há o caminho curto (tálamo-amígdala) e o longo (tálamo- córtex).

No caminho curto, quando a situação que se apresenta é muito perigosa, a amígdala cerebral decide comandá-la, agindo de imediato e garantindo a sobrevivência. A avaliação feita por essa pequena estrutura é rápida, mas, frequentemte, imprecisa, o que faz com que nós nos equivoquemos.

O caminho longo se estende do tálamo até as distintas áreas de processamento do córtex, onde as sensações provenientes de quaisquer partes do corpo são reconhecidas e analisadas. É assim, portanto, que os magníficos lóbulos pré-frontais, a partir de toda a informação que recebem, podem dirigir nossas condutas até um fim e compreender a atenção, planificação, sequência e reorientação de nossos atos.

Educar nossos lóbulos pré-frontais nos leva ao desenvolvimento da empatia, ao conhecimento de nossas próprias emoções e à capacidade de nos desenvolvermos plenamente em sociedade.

A educação emocional no dia a dia

É fundamental educar a emoção, embora esta não seja uma tarefa fácil nem capaz de ser realizada por qualquer pessoa.

Devemos começar com as seguintes perguntas:

  • Quantas emoções podemos constatar em um dia?
  • Com quantas mentes e mundos psicológicos nos encontramos ao longo de nosso cotidiano?
  • Quantas sensibilidades diversas podemos encontrar dentro do próprio núcleo familiar?
  • Se somos essencialmente emocionais, por que é tão difícil para nós ensinarmos os outros a descobrir e a gerenciar as emoções?
  • Por que não nos permitimos crer que somos capazes de crescer emocionalmente e também não deixamos nossos filhos compreenderem e expressarem suas emoções?

Na busca por sermos melhores a cada dia neste processo de crescimento, não devemos nos esquecer das poderosas ferramentas para a mudança que temos dentro de nós. Essas ferramentas são nossas emoções, nosso combustível e piloto de nossa personalidade. Nossas emoções nos convidam a pensar que as coisas essenciais podem deixar de ser invisíveis aos olhos. Devemos começar a ver também com o coração, sem reduzir tudo às nossas análises mentais.

As emoções nos acompanham durante a vida inteira. Dão cor à nossa vida pessoal e às nossas relações com os outros. São um termômetro para medir a qualidade de vida – nossa e a das pessoas que nos rodeiam.

Graças às emoções, recebemos, imediatamente, mensagens instintivas sobre todo o mundo que nos cerca. Por isso, educar e educar-nos para a identificação e gestão das emoções irão nos ajudar a saber dar mais significado a cada momento que vivemos.

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