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Por que conversar sobre a fé de cada um é importante para um casamento forte

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Shutterstock-Tiko Aramyan

Couple hands praying

Sempre Família - publicado em 19/03/18

Pesquisas apontam que, a longo prazo, os casais podem se ver em dificuldades se não conversarem sobre o que cada um pensa sobre religião

Imagine um jovem casal saindo junto para se conhecer melhor. Ambos nervosos, são tranquilizados pela luz tênue de um restaurante romântico. Fazem o pedido e suspiram, preparando-se para puxar um assunto. “Com que frequência você vai à igreja?”, diz o rapaz. A menina arregala os olhos.

A compatibilidade religiosa não costuma ser uma prioridade para quem procura um parceiro. Ao menos no início de um relacionamento, é mais comum que se prefira alguém que goste dos mesmos programas e séries de TV ou das mesmas atividades esportivas. Isso foi o que revelou um recente levantamento feito no Estados Unidos, onde apenas 44% pessoas dizem que ter a mesma religião é muito importante para um casamento de sucesso. Em contrapartida, 66% apontam a importância de interesses compartilhados, 63% ressaltam a satisfação sexual e 62% sublinham a divisão das tarefas do lar. A pesquisa foi feita pelo Pew Research Center em outubro.

Mas se debates sobre o valor da oração ou discussões sobre o último pronunciamento do Papa são raros no namoro, pesquisas apontam que, a longo prazo, os casais podem se ver em dificuldades se não conversarem sobre a sua fé desde o começo. As crenças dos cônjuges podem delinear como cada um se portará durante um conflito, além de serem determinantes na hora de educar os filhos.

Uma das práticas religiosas que mais parecem fazer a diferença é ter o hábito de orar juntos. Segundo Brad Wilcox, autor de uma análise sobre a relação entre a religião e os casais formados por minorias, disse ao Christianity Today que “levar a fé diretamente para dentro da esfera doméstica parece resultar em benefícios reais para casais negros e latinos”.

Um estudo publicado em 2011 na revista da American Psychological Association, de autoria de pesquisadores da Universidade do Estado da Flórida, concluiu o mesmo, mostrando que a oração conjunta leva o casal a focar nas necessidades comuns e não nas preocupações individuais.

Além disso, segundo Christopher Ellison, professor de sociologia na Universidade do Texas, “casais que acreditam em santificação compartilham uma noção de sentido que vai além de hobbies compartilhados, interesse pessoal e procriação. O casal pode acreditar que Deus tem uma missão para o seu casamento ou até mesmo que foi ele quem os uniu”. Isso ajuda os casais a superar situações difíceis.

Ter um cônjuge da mesma religião influencia ainda em como cada um pratica a sua fé. Por exemplo, 82% dos protestantes dos EUA casados com protestantes são “muito religiosos”, enquanto 58% dos protestantes casados com religiosos não-protestantes se classificam dessa maneira. O número cai para 49% quando se trata de protestantes casados com pessoas sem religião, segundo estudo do Pew Research Center.

Além disso, de acordo com um estudo do Public Religion Research Institute, 31% dos norte-americanos que se declaram sem religião cresceram em um lar em que pai e mãe pertenciam a religiões diferentes, contra 22% educados em uma família em que os pais professavam a mesma fé. A diferença é maior entre católicos: 34% contra 17%.

(via Sempre Família)

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