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Um assassino se “confessou” com um padre e acabou na prisão?

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ACI Digital - publicado em 23/03/18
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Vários meios de comunicação asseguraram que um homem que assassinou a sua esposa “confessou” o seu crime a um sacerdote, que o denunciou às autoridades. Esta é a verdade.Vários meios de comunicação asseguraram que um homem que assassinou a sua esposa “confessou” o seu crime a um sacerdote, que o denunciou às autoridades. Esta é a verdade.

John Grazioli, de 44 anos, assassinou a sua esposa, Amanda, de 31 anos, em sua casa localizada no condado de Erie, na Pensilvânia (Estados Unidos), no começo de março. Depois de abandonar o corpo dentro de casa, dirigiu-se a St. Peter Cathedral e pediu para conversar com um sacerdote.

Pe. Michael Polinek, que atendeu Grazioli, disse a ‘Erie-Times New’ que o assassino “estava um pouco perturbado e, depois de um momento, basicamente disse: preciso te dizer que assassinei a minha esposa e eu vou voltar para casa e vou me suicidar”.

O sacerdote explicou que não foi uma confissão sacramental, por isso não era obrigado a manter em segredo o que o assassino disse.

O sacerdote que quebra o segredo de confissão, de acordo com o Código de Direito Canônico, é automaticamente excomungado, porque “o sigilo sacramental é inviolável; pelo que o confessor não pode denunciar o penitente nem por palavras nem por qualquer outro modo nem por causa alguma”.

Pe. Polinek indicou que, “depois de algum tempo”, conseguiu convencer o assassino “de que, pelo bem do resto da sua família e das outras pessoas, seria uma boa ideia chamar a polícia pelo 911”.

A polícia já estava seguindo o rastro de Grazioli, depois que o 911 rcebeu uma chamada reportando que um homem assegurava ter assassinado sua esposa e ter a intenção de se suicidar.

Durante a sua conversa com o assassino e com o consentimento dele, Pe. Polinek manteve o 911 na linha.

“O 911 estava na linha o tempo todo e ele sabia disso, eu sabia disso, o operador do 911 estava ciente disso.”

“Eu liguei para o 911 e eles disseram: ‘Ele tem uma arma?’. Ele disse com a cabeça que sim. Eu disse: ‘Onde está?’. Acho que ele disse que ‘está no meu casaco’. Eu disse: ‘por que não tiramos o casaco?’”, recordou.

O sacerdote contou: “Peguei o seu casaco e o coloquei no chão; assim, fiquei entre ele e o casaco. Nunca revistei o casaco. Parece que tinha algo dentro dele. A polícia chegou e o levou, mas não houve ameaça”.

“A polícia chegou e fizeram o que precisavam fazer, e tudo terminou pacificamente”, assegurou.

Mike Nolan, chefe adjunto da delegacia em Erie, disse à rede de televisão ABC que o sacerdote católico “foi heroico” e destacou que, “segundo a nossa perspectiva”, Pe. Polinek “manteve a sua compostura e fez um bom trabalho”.

(via ACIdigital)

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