Uma belíssima tradição de contemplação e meditação para acompanharmos Maria nos momentos mais dolorosos da sua vida
Segundo uma antiga e popular tradição, a Santíssima Virgem Maria visitava todos os dias os lugares da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus depois da Sua Ascensão ao Paraíso. Muitas outras tradições populares também recordam a presença fiel de Maria no seguimento de Jesus enquanto Ele carregava a Cruz até o Calvário.
Nossa Senhora foi a primeira que acompanhou Jesus no trajeto da Paixão, oferecendo o exemplo de com-Paixão que muitos cristãos procuraram imitar ao longo dos séculos.
Os franciscanos popularizaram a prática de repassar o caminho de Jesus na Sexta-Feira Santa mediante as suas Estações da Cruz, que formam a Via Crúcis (“caminho da Cruz”, em latim) ou Via Sacra (“caminho sagrado”).
Mas também foi se desenvolvendo outra forma de repassar esse trajeto: mediante o filial acompanhamento de Maria no seu sofrimento oferecido com fé, esperança e amor. Trata-se da Via Mátris Dolorósae (pronuncia-se “Doloróze”; quer dizer “Caminho da Mãe Dolorosa”), ou simplesmente Via Mátris (“Caminho da Mãe”), que foca nas Sete Dores de Maria – vividas não somente diante da crucificação de Jesus, mas ao longo de toda a sua vida.
As religiosas da congregação de Nossa Senhora das Dores comentam:
“O piedoso exercício da Via Mátris, inspirado na Via Crúcis, se desenvolveu e foi posteriormente aprovado pela Sé Apostólica. É um exercício piedoso que já existia de forma embrionária desde o século XVI, embora a sua forma presente venha do século XIX”.
São estas as Sete Dores de Maria, que compõem a meditação e contemplação da Via Mátris Dolorósae: