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Por que é em casa que se recebe a melhor educação sexual?

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Javier Fiz Pérez - publicado em 13/04/18

A necessidade de uma boa educação sexual nunca foi tão urgente quanto agora

As mudanças de atitude, comportamentos e estilos de vida na área da sexualidade – que marcaram nossa sociedade nos últimos 30 anos – são alguns dos problemas mais complexos que as famílias precisam enfrentar.

Uma educação sexual bem conduzida pela família pode ajudar a reduzir as consequências da ignorância sexual, como:

  • a atividade sexual precoce;
  • a gravidez na adolescência;
  • as doenças sexualmente transmissíveis;
  • a transmissão do HIV;
  • o abuso e a exploração sexual.

Esses problemas têm custos sociais, econômicos e humanos muito altos. Por isso, a educação dos filhos em casa proporciona benefícios prioritários e insubstituíveis nos níveis: pessoal, familiar e social. Entre eles, destacam-se:

  • transmissão de valores familiares;
  • transmissão a informação exata às crianças;
  • incentiva habilidades eficazes sobre como tomar decisões com autonomia;
  • neutraliza as mensagens sexuais negativas e perigosas dos meios de comunicação.

Pode-se falar de sexo?

Os pais dão lições de sexualidade diariamente desde o nascimento do bebê, dando-lhe carinho, abraçando-o, mimando-o, beijando-o. Tudo isso é lição positiva sobre sexualidade.

Na educação sexual das crianças, também será determinante a resposta dos pais – ou a falta dela – às curiosidades naturais acerca das diferenças sexuais ou às perguntas do tipo: “de ondem surgem os bebês?”.

Mas as crianças também recebem muitas mensagens sobre esta importante questão fora de casa. Mensagens às vezes negativas ou, pelo menos, duvidosas.

Talvez você pense que as crianças de quatro anos, por exemplo, não se fixam às mensagens sexuais que recebemos todos dias pela rádio, TV, pelos jornais ou outros dispositivos. O certo é que a curiosidade delas começa já nos primeiros anos de vida.

Por isso, o melhor que podemos fazer é aproveitar estas oportunidades para irmos mostrando as nossas opiniões sobre o tema conforme elas vão nos perguntando.

Aos quatro anos, seu filho talvez não entenda toda a lição. Mas ficará claro que papai e mamãe pensam que o sexo é bastante importante e é preciso falar sobre isso.

Se os jovens não perguntam sobre sexo aos pais não é porque não sejam curiosos, mas porque aprenderam que não podem lhes perguntar, e encaram o tema como algo incômodo.

Se este sentimento persistir, as crianças vão satisfazer as curiosidades de outra forma: com amigos, na TV ou até mesmo experimentando. Infelizmente, o resultado são adolescentes mal informados e vulneráveis.

Semear valores para colher uma adolescência mais serena

Os comportamentos e as decisões sexuais dos adolescentes têm uma relação direta com o nível de autoestima deles. Se eles têm uma boa opinião de si mesmos, a probabilidade de fazerem escolhas positivas, saudáveis e responsáveis na vida aumenta.

E é durante os anos da escola primária que as crianças desenvolvem o sentido da autoaceitação. E, aqui, a influência da família é crucial.

Como em outros aspectos do crescimento e desenvolvimento, as crianças precisam de ajuda para se sentirem valorizadas, capazes e aceitas. Por isso, é necessário promover:

– A aprovação: as crianças precisam de muitos elogios. Para os jovens, a aprovação dos pais é a medida de sua própria valorização. Elogie o que eles fazem (ou tentam fazer) de bom;

– A aceitação: ao mesmo tempo em que você reconhece as áreas de excelência de seu filho, ajude-o a aceitar suas imperfeições. Se ele fizer alguma coisa inadequada, certifique-se que ele entende que você não gosta deste tipo de comportamento, mas que você continua amando-o;

– A atenção: mostre interesse sincero pelas atividades de seus filhos. Isso faz com que eles se sintam importantes. Dedique um tempo exclusivo a cada um, pois isso vai ajudá-los a se sentirem especiais;

As conquistas: as crianças aprendem fazendo as coisas e precisam de oportunidades para praticar as habilidades que adquirem. Deixá-las tomar decisões vai motivá-las a fazer e vai despertar o senso de responsabilidade;

– O respeito: crianças são pessoas e também merecem ser tratadas com dignidade e respeito.

Enfim, a opinião que as crianças têm de si mesmas influencia muito na maneira como elas vivem e se relacionam com o mundo. Se elas crescem sentindo-se amadas, valorizadas e capazes, serão muito mais fortes para enfrentar serenamente as grandes questões da vida. Entre elas, a sexualidade.

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