Veja a incrível resposta do Papa Francisco Encontramos o Pe. Joãozinho durante a Assembleia da CNBB e claro que não pudemos deixar de perguntar um pouquinho mais sobre o livro do Papa Francisco “Deus é jovem”, do qual o sacerdote brasileiro fez a tradução para o português.
Perguntamos a ele: Por que um jovem leria o livro do Papa Francisco? Segue a resposta incrível de Pe. Joãozinho:
“Eu tenho me perguntado muito isso porque, às vezes, eu acho que o papa está falando muito mais para os pais e professores do que para os filhos e alunos. Mas, o papa consegue entrar no coração do jovem e falar com ele.
Aliás, o Thomas Leoncini que entrevista o papa, logo no início, diz: ‘o senhor se lembra da sua juventude?’. E o papa diz: ‘eu lembro quando eu tinha 16 anos’ – e aí ele volta à sua adolescência. Depois ele fala ‘e quando eu era jovem…’ e aí ele fala da vocação.
E depois ele começa a mostrar que o jovem hoje está numa sociedade líquida, a modernidade é líquida, mais do que isso, a modernidade já passou né? O jovem está na pós-modernidade gasosa.”
Diante disso, Pe. Joãozinho faz uma metáfora para nos ajudar a entender:
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E o jovem tem duas possibilidades: ou ele vai com barco, com remo, com coragem, e desbrava o novo, e Deus é aquele que faz tudo novo, então Deus é jovem. Então, ou ele assume a sua identidade jovem e vai mar adentro, ou ele volta e se envelhece.
Ou ele se apega a certezas sólidas que estão atrás e volta pra pré-modernidade. Já não está mais nem numa modernidade líquida e se torna refém de ideias sólidas, às vezes, muito à direita, às vezes, muito à esquerda, e se torna mau humorado.
Então, o papa no final responde a última pergunta do Leoncini:
O que não pode faltar na vida de um jovem?
O papa pensa e diz: “O humor”.
Não pode faltar a graça. Aí eu lembro, né? Vocês são jovens marianos, Maria é aquela que o jovem anjo, Gabriel, chama de “cheia de graça”, cheia de amor, mas também cheia de humor.
Nunca se esqueça de, como dizia Santo Tomás de Aquino, “que Deus brinca”.