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Gentileza em família

HAPPY FAMILY

By Lucky Business | Shutterstock

Comunidade Shalom - publicado em 11/05/18

Dicas práticas extraídas das homilias do Papa Francisco

A Shalom preparou uma lista de dicas práticas para melhorar o ambiente familiar. A primeira coisa a saber dessa lista é que ela não é bem uma receita de bolo, em que misturamos os ingredientes e voilá: temos o bolo prontinho.

Os ingredientes precisam de um toque pessoal, pois uma família não é igual a outra. Por certo, em algumas talvez se precise de uma dose extra de algum ingrediente indicado, ou se precise deixar a mistura crescer por mais tempo para ter o resultado esperado.

Os ingredientes dessa lista foram extraídos de diversas homilias do Papa Francisco e do livro Família, Relacionamento conjugal e educação dos filhos.

Palavrinhas mágicas

Normalmente para ensinar as crianças a falar “obrigada”, “com licença” e “desculpe”, os pais costumam chamá-las de palavrinhas mágicas. E elas terminam por se tornarem habituais aos pequenos graças também ao seu imaginário fértil.

Mas existe um fenômeno que ocorre por vezes na maturidade, esquecemos que essas palavras são de fato mágicas. Não no sentido do fantástico, como talvez pensamos na infância. Mágicas pela rapidez com que preenchem de estima e respeito as relações.

Numa de suas homilias, o Papa Francisco defendeu o direito de cidadania dessas palavras em nosso vocabulário familiar:

“Estas palavras realmente abrem o caminho para viver bem na família, para viver em paz. Trata-se de palavras simples, mas não tão fáceis de pôr em prática! Elas encerram em si uma grande força: o vigor de proteger o lar, até no meio de inúmeras dificuldades e provações; ao contrário, a sua falta gradualmente abre fendas que até o podem fazer ruir.”

Quem nunca experimentou o efeito mágico do “Obrigado” diante de uma gentileza, de um elogio? Que faz ver como a gratidão é um verdadeiro purificador de ar diante do odor do egoísmo e da autossuficiência.

Ou como um simples “com licença“ escancara as portas do coração, do diálogo, da ternura e livra-nos de atropelarmos os outros. Nessas duas palavras, dizemos “você é importante, lhe estimo e respeito”.

E quanto mais íntimo e profundo for o amor, tanto mais exigirá o respeito pela liberdade e a capacidade de esperar que o outro abra a porta do seu coração. E ainda como um “Desculpa” concede-nos novos começos, sem a sombra da culpa e do ressentimento.

Certamente, é uma palavra difícil, e no entanto é deveras necessária. Quando ela falta, pequenas fendas alargam-se — mesmo sem querer — até se tornar fossos profundos.

Diz a famosa frase pintada num viaduto no Rio de Janeiro: ”Gentileza gera gentileza”. Não tenhamos medo de usá-las, aos poucos elas podem integrar o nosso dialeto familiar. Essas palavras gentis preservam da agressividade, da indiferença, do desrespeito e atestam, como afirmou o Pontífice, que a família vive desta delicadeza do bem-querer.

No romance “Terre des hommes”, Antoine de Saint-Exupéry pôs nos lábios do piloto a exclamação: “Oh! O que há de maravilhoso numa casa não é que elas nos abrigue nos conforte, nem que tenha paredes. É que deponha em nós, lentamente, tantas provisões de doçura”.

Certamente, se pedíssemos que ele descrevesse a origem dessas provisões de doçura, veríamos enumerados o diálogo, o lazer, com pitadas generosas de delicadeza do “obrigado”, “desculpa” e “com licença”, adicionados ao fermento da oração que faz tudo crescer e se firmar.

(via Shalom)

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