separateurCreated with Sketch.

Hospital Bambino Gesù consegue separar siamesas consideradas “caso perdido”

gemeas siamesas Rayenne e Djiehene hospital Bambino Gesù
whatsappfacebooktwitter-xemailnative
Reportagem local - publicado em 11/05/18
whatsappfacebooktwitter-xemailnative

Mais uma vez, o hospital do Vaticano confirma o nível de excelência que faz dele uma das melhores instituições pediátricas da EuropaAs gêmeas siamesas Rayenne e Djiehene eram “um caso perdido”, segundo avaliação feita em 2016 por médicos da Argélia.

Em outubro de 2017, porém, profissionais do Hospital Bambino Gesù, pertencente ao Vaticano, conseguiram separá-las após mais de 10 horas de cirurgia, da qual participaram 40 médicos.

Nesta semana, as duas meninas, que completaram ontem mesmo os 2 anos de idade (10 de maio), finalmente receberam alta. A notícia emocionou os pais e toda a equipe do “Hospital do Papa“.

Rayenne e Djiehene estavam unidas pela região do tórax, do abdome, do pericárdio com dois corações e do fígado, mas a sua rede vascular distinta permitia a cirurgia de separação, que foi preparada pelos médicos do Bambino Gesù durante nada menos que 11 meses.

O hospital do Vaticano organizou uma “festinha de despedida” no quarto das meninas. Participaram, visivelmente emocionados, a presidente da entidade, Mariella Enoc, o diretor de cirurgia, Alessandro Inserra, e a equipe de médicos e enfermeiros que cuidaram das pequenas.

gemeas siamesas Rayenne e Djiehene hospital Bambino Gesù

Vatican News

O Bambino Gesù foi notícia mundial em pelo menos duas ocasiões recentes de 2018:

  • Em janeiro, por uma visita pessoal do Papa Francisco a crianças ali internadas. Confira aqui.
  • Entre março e abril, pelo engajamento extraordinário do hospital, sob as ordens diretas do Papa Francisco, nas tentativas de salvar o bebê Alfie Evans, condenado à morte por médicos e juízes de seu país natal, a Inglaterra. A justiça britânica considerou, na prática, que o hospital vaticano não teria podido fazer muito mais que o hospital inglês Alder Hey, cujos médicos solicitaram (e obtiveram) nos tribunais o “direito” de desligar os aparelhos que ajudavam Alfie a respirar. O hospital inglês alegou que toda tentativa de tratamento seria “inútil”. Os pais do bebê, Tom e Kate, lutaram na justiça para transferir o filho ao Bambino Gesù a fim de tentar pelo menos o diagnóstico que o hospital britânico tinha falhado em realizar. No entanto, seus direitos foram atropelados pela justiça do Reino Unido, que se arrogou a prerrogativa de tomar decisões impositivas em nome dos “melhores interesses” de Alfie – no caso, ser assassinado. Confira aqui.

Se você deseja saber mais sobre o Hospital do Papa, acesse este artigo.

Sobre a feliz conclusão da delicada cirurgia das meninas gêmeas, confira o vídeo (em italiano) publicado pelo Vatican News: