Aleteia logoAleteia logoAleteia
Domingo 03 Dezembro |
São Francisco Xavier
Aleteia logo
Estilo de vida
separateurCreated with Sketch.

Entenda a síndrome de burnout, um dos mais altos níveis de estresse

web-woman-office-stress-shutterstock_391111147-kite_rin

Kite Rin/Shutterstock

Psiconlinews - publicado em 15/05/18

Veja isso antes de que seja tarde demais

Em poucas palavras, a Síndrome de Burnout pode ser definida como um estado de esgotamento físico e mental em consequência de fatores ligados ao trabalho.

A expressão inglesa “to burn out” significa “queimar-se, consumir-se por completo” e foi muito empregada em décadas passadas no esporte para referir-se a atletas que já tinham dado tudo o que podiam e não conseguiam mais manter o desempenho.

Os primeiros estudos sobre esse problema foram feitos pelo psicólogo alemão radicado nos Estados Unidos Herbert J. Freudenberg, ainda nos anos 70. De lá para cá, não só o número de trabalhos científicos sobre o assunto se multiplicou, como também os casos identificados: segundo uma pesquisa publicada pela International Stress Management Association do Brasil (ISMa-BR), cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros são vítimas da síndrome, considerada por muitos especialistas como o nível mais alto do estresse.

Prejuízo duplo

Evidentemente, a primeira e maior vítima do burnout é o profissional. Os sintomas podem ser físicos, que vão desde um “simples” cansaço até infarto do miocárdio; comportamentais, como impaciência e agressividade; e psíquicos, como falta de memória, fadiga crônica e estado depressivo.

Por outro lado, também as empresas perdem, uma vez que terão funcionários pouco produtivos, além da possibilidade de licenças médicas. Estima-se que o Brasil tenha um prejuízo de 3,5% no Produto Interno Bruto (PIB, ou a soma de todas as riquezas produzidas pelo país) anualmente devido à improdutividade relacionada ao burnout.

Vítimas Preferenciais

Teoricamente, profissionais de todas as áreas estão sujeitos ao burnout. No entanto, estudos indicam que os mais afetados pelo problema são médicos e enfermeiros, seguidos de professores, psicólogos, assistentes sociais, policiais e bombeiros.

Em comum, à exceção dos professores, são profissões que colocam o indivíduo em contato com outros, em geral, em situações desconfortáveis, de sofrimento e até morte. O fato de se sentir impotente diante de situações desesperadoras acaba gerando um estresse difícil de ser controlado, uma vez que a cada dia tudo pode se repetir.

Sintomas mais comuns

– Fadiga, apatia e desânimo constantes, mesmo quando se está de folga ou em férias;

– Irritabilidade, falta de concentração e baixo rendimento no trabalho;

– Baixa autoestima, insônia, palpitações, dores de cabeça e desordens gastrointestinais;

– Comportamento agressivo com os colegas de trabalho;

– Relacionamento cada vez mais distante com amigos e familiares;

– Uso de medicamentos ou bebidas alcoólicas para relaxar;

– Sensação de estar sobrecarregado(a) de trabalho o tempo todo;

– Vida sexual insatisfatória;

– Falta de perspectivas em relação ao futuro e sensação de que o trabalho não é recompensado como deveria;

Prevenção

O primeiro passo para se curar do burnout é reconhecer que sofre com o problema e buscar tratamento com um psicólogo ou psiquiatra. Mas, tal como acontece com outras modalidades de estresse, o ideal é prevenir-se e evitar que o problema atinja o nível que exija tratamento.

Veja algumas atitudes que ajudam a evitá-lo:

– procure estreitar os laços familiares e de amizades fora do trabalho;

– pratique atividades físicas ou um esporte que lhe dê prazer;

– se possível, faça algum trabalho voluntário;

– se possui crença religiosa, dedique um pouco mais de tempo à sua religião;

– faça alguma terapia que proporcione relaxamento;

– se a insatisfação com a profissão é muito grande, atualize o currículo e, se possível, arrisque uma mudança para alguma área que realmente goste;

– busque o autoconhecimento e respeite seus limites físicos e mentais;

– evite ao máximo levar trabalho para casa, especialmente nos finais de semana, que devem ser dias de descanso total;

– cuide da alimentação, evitando alimentos gordurosos e industrializados, bem como excessos, principalmente de bebidas alcoólicas;

– sempre que possível, dê uma pausa no trabalho, nem que seja para tomar um copo de água apenas e aproveite para fazer alongamentos, respirar fundo e dar uma relaxada de leve.

Workaholism

Nem sempre a causa da Síndrome de Burnout está na profissão em si, mas no indivíduo. Mais especificamente, no comportamento diante do trabalho. A situação tem até um termo específico: workaholism, um trocadilho em língua inglesa com as palavras work (trabalho) e alcoholism (alcoolismo).

Assim, pode ser traduzida por vício em trabalho e descreve um dos comportamentos que mais geram o burnout. Em geral, o workaholic é perfeccionista, tem uma grande paixão por sua profissão e cobra muito de si mesmo (e dos colegas de trabalho).

A princípio, parece ser algo positivo, pois é um indivíduo altamente produtivo. No entanto, devido a esse envolvimento intenso, quando há risco de perda do emprego ou os resultados esperados não são alcançados, o trabalhador se torna uma vítima potencial de burnout.

O impacto de uma notícia negativa será sempre maior para esse tipo de pessoa, por isso, é preciso estar atento aos sintomas, que são bem subjetivos e silenciosos. Em geral, quando o workaholic chega ao extremo, já é tarde demais.

(via Psiconlinews)

Tags:
DescansoEstresse
Apoiar a Aleteia

Se você está lendo este artigo, é exatamente graças a sua generosidade e a de muitas outras pessoas como você, que tornam possível o projeto de evangelização da Aleteia. Aqui estão alguns números:

  • 20 milhões de usuários no mundo leem a Aleteia.org todos os meses.
  • Aleteia é publicada diariamente em sete idiomas: inglês, francês,  italiano, espanhol, português, polonês e esloveno
  • Todo mês, nossos leitores acessam mais de 50 milhões de páginas na Aleteia.
  • 4 milhões de pessoas seguem a Aleteia nas redes sociais.
  • A cada mês, nós publicamos 2.450 artigos e cerca de 40 vídeos.
  • Todo esse trabalho é realizado por 60 pessoas que trabalham em tempo integral, além de aproximadamente 400 outros colaboradores (articulistas, jornalistas, tradutores, fotógrafos…).

Como você pode imaginar, por trás desses números há um grande esforço. Precisamos do seu apoio para que possamos continuar oferecendo este serviço de evangelização a todos, independentemente de onde eles moram ou do quanto possam pagar.

Apoie Aleteia a partir de apenas $ 1 - leva apenas um minuto. Obrigado!

PT300x250.gif
Oração do dia
Festividade do dia





Envie suas intenções de oração à nossa rede de mosteiros


Top 10
Ver mais
Boletim
Receba Aleteia todo dia