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Religiosas de clausura podem usar a internet?

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Martin Novak

Agência Ecclesia - Ary Waldir Ramos Díaz - publicado em 16/05/18

Veja o que dizem as novas regras do Vaticano

Por solicitação do Papa Francisco, o Vaticano publicou a instrução ‘Cor Orans’, com novas regras para as religiosas de clausura. Entre outros assuntos, o documento pede “sobriedade e critério” no uso dos meios de comunicação, para preservar o silêncio próprio dos mosteiros.

“A normativa sobre os meios de comunicação social, na grande variedade com que se apresentam atualmente, tem como objetivo a salvaguarda do recolhimento e do silêncio: é possível, efetivamente, vacilar no silêncio contemplativo quando se enche a clausura de ruídos, de notícias e de palavras”, diz o documento divulgado pela Santa Sé.

A instrução sublinha a necessidade de se ter acesso à “devida informação sobre a Igreja e o mundo”, sabendo “escolher as que são essenciais”.

“Na vida contemplativa, merece uma particular atenção o aspeto da separação do mundo”, assinala o Vaticano.

O documento ainda afirma que os meios de comunicação devem estar a serviço especificamente da formação das religiosas e não podem ser “ocasião para a distração e evasão da vida fraterna em comunidade e que não sejam nocivos para a vocação ou se transformem em obstáculo para a vida inteiramente dedicada à contemplação”.

As novas regras sublinham também a “real autonomia de vida” das religiosas de clausura, que devem ter capacidade de gerir os mosteiros em todas as suas dimensões. O Vaticano exige, como número mínimo para o reconhecimento canônico de um novo mosteiro, a existência de oito religiosas de “votos solenes”.

As normas, que levam em consideração um questionário enviado aos mosteiros de clausura do mundo inteiro, apelam também para uma associação jurídica com os ramos masculinos da mesma família religiosa. A Santa Sé sublinha a importância de unir os vários mosteiros autônomos numa Federação, segundo critérios geográficos, de “afinidade de espírito e de tradições” espirituais.

Outros temas em destaque no documento são a gestão do patrimônio e a necessidade de uma formação adequada, propondo um caminho de 12 anos até a profissão de votos solenes.

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