Aos 21 anos, ele já terá perdido todos os familiares diretos – mas uma vida repleta de acontecimentos extraordinários espera por ele18 de maio de 1920, Wadowice, Polônia: Emilia Kaczorowska dá à luz o seu terceiro bebê, a quem ela e o marido, Karol Wojtyla, batizam de Karol Józef Wojtyla.
Os dois irmãos mais velhos do caçula são Edmund, que falece quando o pequeno Karol ainda está na infância, e Olga, já falecida antes mesmo do nascimento do irmãozinho mais novo.
A mãe Emilia parte para a Casa do Pai em 1929, quando Karol filho tem apenas 9 anos de idade. Karol pai, suboficial do exército, falece em 1941, durante um dos períodos mais trágicos da história da Polônia: a Segunda Guerra Mundial. Karol filho tem apenas 21 anos e já perdeu todos os familiares diretos.
A vida lhe reserva desafios e aventuras incomensuráveis, que o levarão a transitar por uma vasta gama de experiências humanas: na juventude, será ator e dramaturgo; terá um envolvimento amoroso com a jovem atriz judia Ginka Beer; será atropelado por um caminhão nazista durante a guerra, ficará internado durante duas semanas, escapará por um triz de ser preso pelo exército nazista e se esconderá na casa do arcebispo de Cracóvia até o final do conflito. Com a sua pátria sob o regime comunista ateu e perseguidor de toda forma de liberdade, Karol será seminarista clandestino até ser ordenado sacerdote, tornar-se arcebispo, participar do Concílio Vaticano II, ser nomeado cardeal e ser eleito o primeiro Papa não italiano desde o século XVI.
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O Papa que falava polonês, latim, grego antigo, italiano, francês, alemão, inglês, espanhol e português visitaria 129 países durante o pontificado, ganhando o apelido de “Papa Peregrino” e tornando-se um dos líderes mundiais que mais viajaram em missão de paz em toda a história da humanidade.
Seus aniversários eram vividos como “um dia normal”, de acordo com um depoimento do então porta-voz da Santa Sé, Joaquín Navarro-Valls, por ocasião dos 84 anos de vida do Papa que veio de longe. Era maio de 2004: seria aquele o último aniversário celebrado por São João Paulo II antes do seu falecimento. Navarro-Valls declarou:
“Para o Santo Padre, hoje (18 de maio de 2004) foi um dia de trabalho normal e, principalmente, de ação de graças a Deus pelo dom da vida. A única coisa extraordinária foi convidar os colaboradores mais próximos da Cúria para um almoço”.
Fiéis católicos, crentes de outras religiões e personalidades da política, dos negócios e das artes do mundo inteiro costumavam enviar milhares de felicitações a São João Paulo II no dia do seu aniversário.
Mesmo após a sua morte, ocorrida em 2 de abril de 2005, a data do seu aniversário de nascimento continuou a ser amplamente recordada por fiéis de todas as partes. Em 18 de maio de 2011, uma estátua de bronze foi inaugurada em Roma em homenagem a um dos maiores Papas de toda a bimilenar história da Igreja.
Oração a São João Paulo II
Ó São João Paulo,
da janela do céu,
dá-nos a tua bênção!Abençoa a Igreja,
que tu amaste, serviste e guiaste,
incentivando-a a caminhar corajosamente
pelos caminhos do mundo,
para levar Jesus a todos
e todos a Jesus!Abençoa os jovens,
que também foram tua grande paixão.
Ajuda-os a voltar a sonhar,
voltar a dirigir o olhar ao alto
para encontrar a luz que
ilumina os caminhos da vida na terra.Abençoa as famílias,
abençoa cada família!
Tu percebeste a ação de Satanás
contra esta preciosa e indispensável
faísca do céu que Deus
acendeu sobre a terra.São João Paulo,
com a tua intercessão,
protege as famílias
e cada vida que nasce
dentro da família.Roga pelo mundo inteiro,
ainda marcado por tensões,
guerras e injustiças.
Tu te opuseste à guerra,
invocando o diálogo e semeando o amor;
roga por nós,
para que sejamos incansáveis
semeadores de paz.Ó São João Paulo,
da janela do céu,
onde te vemos junto a Maria,
faz descer sobre todos nós
a bênção de Deus!Amém.
(Cardeal Angelo Comastri)
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Com informações de ACI Digital