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Uma dica para quando você não puder abraçar alguém que você ama

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Anna O'Neil - publicado em 11/06/18

Tem a ver com a oxitocina, o hormônio do vínculo afetivo

Fala-se muito da oxitocina, o hormônio do amor, o queridinho de todos. Trata-se de um hormônio que fortalece o apego afetivo e a capacidade de nos sentirmos conectados a outro ser humano. Ele é liberado, por exemplo, depois do orgasmo e corre pelas veias quando uma mulher amamenta o filho.

A oxitocina é, em parte, responsável pela necessidade que o ser humano tem do contato físico. O cérebro é tão sensível ao tato que até a carícia em um cachorro pode liberar o hormônio, criando uma sensação de relaxamento, menos estresse e mais conexão.

No entanto, segundo pesquisas recentes, a oxitocina não é liberada somente através do tato. E isso, na verdade, é uma notícia ótima!

Um grupo de pesquisadores submeteu 61 moças a uma grande quantidade de estresse. A revista Scientific American informa que os especialistas pediram que elas “fizessem exercícios de matemática e falassem em público diante de muitos desconhecidos” (isso também me estressaria muito!).

Antes disso, dividiram-nas em três grupos. Um deles assistiu a um filme “emocionalmente neutro”. Já os integrantes do outro grupo passaram 15 minutos com suas respectivas mães, que os tranquilizaram e lhes deram muito afeto físico. O último grupo manteve uma conversa de 15 minutos por telefone com suas mães.

Durante o estudo, foram analisados os níveis de cortisol (hormônio que aumenta como resposta ao estresse) nas moças. Os resultados foram surpreendentes. As que assistiram ao filme estavam bastante estressadas, ou seja, com cortisol alto e oxitocina baixa. No entanto, as moças que falaram com as mães por telefone e as que passaram o tempo pessoalmente com elas estavam igualmente relaxadas. Todas tinham níveis muito mais baixos de cortisol, enquanto o índice de oxitocina explodiu. Quem recebeu muitos abraços não se sentiu melhor do que quem aproveitou apenas das conversas por telefone, que foram equivalentes a um “abraço verbal”.

Por isso, dá pra dizer que o contato físico não é a única coisa que nos ajuda a relaxar e a criar vínculos com pessoas queridas. Ouvir as vozes dessas pessoas pode funcionar igualmente bem.

É verdade que no mundo atual as famílias estão bastante dispersas. Nem todo mundo vive tão perto quando queriam os pais, irmãos e primos. Por isso, escolhi essa notícia para destacar duas coisas enormemente tranquilizadoras.

A primeira é que, quando eu me sentir sozinha, sei que vale a pena fazer uma ligação e que a conversa me ajudará a me sentir mais conectada do que mandar mensagens. Ou seja: embora estejamos distantes, ainda existe uma forma muito real de manter o contato com a família.

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AmizadeCasamentoFamília
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