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As vantagens dos cérebros bilíngues

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Javier Fiz Pérez - publicado em 19/07/18

Falar mais de um idioma estimula o cérebro e ajuda no desenvolvimento de outras importantes habilidades

Até hoje, o cérebro humano é um dos grandes enigmas da Ciência. Seu funcionamento é alvo de inúmeros estudos. Os pesquisadores não querem saber apenas quais regiões cerebrais dominam determinadas ações, mas também tentam encontrar formas de prevenção a doenças como o Alzheimer.

Nos últimos anos, o campo que atraiu mais interesse dos pesquisadores foi o da aprendizagem e do domínio da linguagem. Ou seja: como funciona um cérebro bilíngue, que é capaz de administrar dois idiomas com a mesma eficácia.

Estudos como os do Instituto de Aprendizagem e Ciências dos Cérebro da Universidade de Washington apontam que crianças até sete anos têm muita facilidade para aprender mais de um idioma.

O pesquisador Andrew N. Meltzoff afirma que, a partir dos oito anos e até os 18, a aprendizagem passa a ser “mais acadêmica e lenta”. Por isso, nessa faixa etária, as pessoas têm mais dificuldade de falar um segundo idioma com a mesma naturalidade da língua materna.

Nos Estados Unidos, por exemplo, 18 % da população em 2007 eram bilíngues. Esse percentual aumenta todos os anos. E a composição cada vez mais diversificada das sociedades faz com que se desenvolvam mais estudos sobre o funcionamento do cérebro de uma pessoa que, desde a infância, consegue falar, pensar e desempenhar tarefas complexas em dois idiomas, embora a primeira língua aprendida – a materna – sempre tenha certa prioridade.




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O Departamento de Psicologia da Universidade da Califórnia também realizou vários experimentos com bebês de várias idades. Eles foram imersos em ambientes bilíngues. A ideia era averiguar se seus cérebros processavam o ambiente de maneira diferente. Para isso, eles analisaram o modo como as crianças respondiam aos estímulos visuais. O estudo, de forma geral, mostrou que os bilíngues têm maior capacidade de concentração e conseguem se isolar do ruído e das interferências do ambiente.

A principal diferença entre o cérebro monolíngue e o bilíngue está na capacidade de tomar decisões. Não quer dizer que um seja mais inteligente que outro, mas que eles desenvolvem habilidades diferentes.

Os bilíngues, por exemplo, desenvolvem capacidades cognitivas que lhes permitem maior facilidade de adaptação às mudanças. Isso se deve ao fato de o cérebro deles estar constantemente escolhendo uma língua para se expressar, o que lhe confere mais flexibilidade e permite também uma melhor capacidade de memorização e concentração.




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