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Podemos medir nosso nível de felicidade?

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Javier Fiz Pérez - publicado em 27/07/18

Será que a felicidade pode ser reduzida a fórmulas e ideologias?

A Assembleia Geral das Nações Unidas instituiu, em 2012, o dia 12 de março como Dia Internacional da Felicidade. A ONU reconheceu, assim, a importância de uma nova visão sobre o crescimento econômico, dando mais espaço a conceitos como desenvolvimento sustentável, eliminação da pobreza, felicidade e bem-estar da população mundial. A instituição, portanto, colocou em evidência que a felicidade é um objetivo primário para o ser humano, um direito individual e coletivo.

Mas a grande pergunta é: o que é felicidade?

Cada pessoa tem a própria definição de felicidade. Afinal, o importante é nos reconhecermos como pessoas felizes ou não.

Dos antigos pensadores e filósofos gregos até os dias atuais, passando pelas diferentes correntes de pensamentos, o ser humano vem tentando entender a felicidade.

A Revolução Francesa, levando em conta os direitos do homem e do cidadão, redigiu algo sobre o conceito de felicidade: “O objetivo da sociedade é a felicidade comum”.

Para o atual pensamento liberal, felicidade é ser livre para realizar as próprias ambições pessoais. É o espelho moderno da satisfação dos desejos do homem, que encontra seu sentido no consumismo.


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Podemos medir nosso nível de felicidade?

O relatório mundial sobre a felicidade da ONU (World Happiness Report) apresenta uma lista de países que, segundo critérios específicos, seriam mais felizes que outros.

De acordo com o relatório, estes seis fatores determinariam o quão feliz é uma sociedade:

  1. O produto interno bruto (PIB) per capita;
  2. A expectativa de vida;
  3. O grau de apoio social;
  4. O nível de confiança econômica;
  5. A liberdade dos cidadãos e o poder de tomar decisões sobre a própria vida;
  6. A dimensão social da generosidade.

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Existe felicidade sem a dimensão social e espiritual?

Nossa felicidade está vinculada ao sentido que cada um consegue dar à própria existência. Felicidade sem relação é algo tão efêmero quanto fumaça sem fogo. Minha felicidade pressupõe que você seja feliz. Esta dimensão humanística e existencial é mais completa e satisfatória para o ser humano.

Felicidade requer liberdade e responsabilidade, dois grandes valores que podemos sentir e demonstrar quando entramos em relação com os outros. Não é uma questão de fórmulas ou ideologias, é uma questão de amor.


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Existe felicidade verdadeira sem o amor verdadeiro?

O ser humano nasce e se realiza no amor. Tem necessidade existencial de amar e ser amado. Nossa vocação para a felicidade se manifesta por meio da nossa vocação para o amor. Por isso, a felicidade não pode ser reduzida a uma mera satisfação de nossas necessidades fisiológicas – como se o ser humano fosse somente um composto biológico.

Claro que o cenário mundial, em que milhões de pessoas não conseguem satisfazer suas necessidades vitais, nos dá uma tristeza enorme.

É por isso que o amor nos abre a todos os temas do desenvolvimento social, começando pela nossa família e seguindo para todas as outras famílias de diversas culturas e sociedades.

Meu valor, minha felicidade e minha estabilidade são equivalentes ao amor que eu tenho em meu coração. É o mesmo que dizia Santo Agostinho no século IV: “Pondus meum amor meus”.

Num mundo em que a prioridade parecer ser a sede de consumir, deveria soar mais em nossos ouvidos a frase lapidária: “Há mais alegria em dar do que em receber”.


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