Se alguém lhe disser que seus pais podem ser culpados por seu nível de empatia, você pode assumir que eles estavam se referindo ao seu ambiente de infância, à maneira pela qual você foi criado(a). Mas e se seus pais contribuíram para sua capacidade – ou a falta dela – de ter empatia desde o momento em que você foi concebido?
Um novo estudo – realizado com a contribuição conjunta da Universidade de Cambridge, do Institut Pasteur, da Universidade Paris Diderot e da empresa de biotecnologia 23AndMe – detectou uma ligação entre a composição genética dos participantes e sua Empatia Quociente. Os pontos da Empatia Quociente dividem a empatia em duas categorias: empatia cognitiva (a capacidade de compreender os pensamentos e sentimentos dos outros) e empatia afetiva (a capacidade de responder à experiência do outro com a emoção relevante).
“Qualquer atributo humano é parcialmente genético”, comentou o pesquisador Varun Warrier. “Mesmo algo como empatia, que a maioria das pessoas possa pensar que não é genética, tem correlatos genéticos”.
Uma base genética para a empatia, no entanto, não significa que a empatia não possa ser aprendida e melhorada. Mas os pesquisadores esperam que isso possa fornecer uma maneira de prever quais terapias serão mais benéficas para as pessoas e até mesmo novos insights sobre as causas do autismo.
Você pode ler mais sobre o estudo e suas descobertas aqui (artigo em inglês).