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Os 5 níveis de “risco” do conflito conjugal

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Bénédicte de Dinechin - publicado em 12/08/18

E a melhor maneira de responder e reparar o relacionamento em cada situação

Algumas pessoas sonham com um relacionamento sem conflitos, mas isso não é necessariamente saudável: pode ser um sinal de dependência emocional ou psicológica excessiva, ou de que um dos parceiros está sempre concordando com o outro.

Na verdade, conflitos e desentendimentos provam que a relação tem vitalidade. O trabalho, as crianças, os parentes e o dinheiro são todos tópicos que podem provocar debates acalorados. Mas os desentendimentos também são oportunidades para vocês se conhecerem e se amarem mais profundamente. Seja qual for a fonte do conflito, é importante saber como navegar esses desentendimentos, mantendo a relação intacta.

Mais importante do que a causa real da discussão, que pode ser grande ou pequena, é o impacto que um conflito tem nos parceiros. Para ajudá-lo a decidir sobre um plano de ação, pense em sua situação em termos de advertência de avalanche: baixo risco, risco em certas áreas, risco em várias áreas, alto risco e risco muito alto – para o relacionamento. Para evitar ser levado pela avalanche, aqui estão as estratégias para cada nível de risco – para ajudá-los a passar pelo conflito enquanto fortalecem seu relacionamento:

Baixo risco: corrigir imediatamente

Se um pequeno erro resulta em sentimentos feridos, um beijo e uma desculpa sincera muitas vezes podem ser suficientes para corrigir. Evite provocações ou brincadeiras. Basta dizer: “Desculpe-me”. Existem poucas frases tão eficazes quanto essa!

Risco em certas áreas: tome medidas preventivas

Alguns parceiros evitam completamente o conflito. Outros tendem a falar tudo no calor do momento e correm o risco de machucar o outro com palavras irritadas. Se você se encontra no extremo ou em algum lugar no meio disso, uma reunião semanal pode ajudar a facilitar a comunicação construtiva.

Sabendo que todas as noites de sexta-feira, por exemplo, eles revisitarão coisas que surgiram durante a semana, pode dar segurança aos cônjuges. Tais reuniões podem ser usadas para discutir a próxima semana, fazer planos para o fim de semana e lidar com o conflito ou uma amargura do passado. Não é necessariamente fácil – agendar esta reunião semanal regular pode exigir sacrifício – mas pode valer a pena. É um esforço que permite que você se refresque todas as semanas, trabalhe os mal-entendidos, perdoe um ao outro… Uma vez que você tiver um hábito melhor de comunicação, você pode ser mais flexível com os tempos de reunião.

Risco em várias áreas: use as ferramentas de comunicação

Assim como evitamos tocar um motor até ele esfriar para não nos queimarmos, também devemos evitar abordar o conflito quando as emoções são calorosas. Pare e defina um tempo para revisitar a situação. Antes de lidar com o conflito como um casal, tire um tempo sozinho para ouvir seus próprios sentimentos, aceitando todos: raiva, desgosto, rejeição, frustração, tristeza, falta de compreensão, decepção, espanto… Também faça um balanço de qualquer necessidade de descanso não atendido, apoio, compartilhamento, compreensão etc.

Espere até que ambos se sintam calmos e receptivos antes de voltar a conversar. Se o seu parceiro ficar quieto, faça perguntas abertas para atrai-lo para a conversa. Lembre-se de que cabe a você assumir a responsabilidade por suas necessidades. Às vezes, o simples passo de nomeá-las pode criar mudanças positivas.

Compartilhe seus próprios sentimentos e experiência e pergunte ao seu parceiro qual a perspectiva dele(a). Evite declarações acusatórias contra a outra pessoa. Ao invés disso, use frases como “Eu acho que… Eu sinto… Do meu ponto de vista…”. Esta abordagem convida ao diálogo e à troca genuína.

Uma vez que ambos os parceiros se sentem ouvidos e entendidos, mude para a ação. Tendo em conta suas respectivas necessidades, quais as decisões necessárias para resolver esse conflito? Como você pode evitar um conflito semelhante no futuro?

Alto risco: dê um passo para trás

Se você está enfrentando um grande desacordo, primeiro determine se é um conflito de valores ou um conflito de necessidades. Conflitos de valores são particulares para as pessoas envolvidas. Eles se relacionam com você e sua história pessoal e muitas vezes exigem que um ou ambos os parceiros revisem alguns critérios. Exemplos desse tipo de conflito: “Meu marido se recusa a usar um colete no casamento da prima Clara”. “Minha esposa se recusa a deixar nossa filha furar as orelhas”, ou “Ela deixa a nossa filha usar maquiagem aos 13 anos”. Há muito drama envolvido nesses tipos de conflitos, particularmente se eles tocam valores pessoais.

Reconhecer que nossos pontos de vista diferem é um grande passo que requer objetividade e abertura mental. Um ou ambos precisam fazer concessões; certifique-se de que nem sempre é o mesmo parceiro que concede, e que ambos estão fazendo esforços para se adaptar. Se possível, tente transformar um compromisso em um ato de amor. Fazer sacrifícios um pelo outro pode realmente fortalecer o vínculo matrimonial, se for feito de bom grado e com amor; como seres humanos, quanto mais nos sacrificamos para investir em algo – incluindo um relacionamento –, mais nos identificamos com ele e nos comprometemos com seu sucesso.

Muito alto risco: agir imediatamente

Se você está profundamente deprimido, desencorajado e ferido, e você acha que a conversa não te leva a lugar algum, procure ajuda profissional. Conselheiros matrimoniais ou terapeutas de casais podem fornecer ferramentas e conselhos para ajudá-los a sair de uma situação difícil. É uma boa ideia procurar ajuda antes que a situação se torne insuportável.

Insultos repetidos e/ou violência física não são simplesmente desentendimentos ou conflitos: são incidentes de abuso. Se você estiver nessa situação, registre a ocorrência ou ligue para serviços de emergência para obter ajuda imediata. O suporte está disponível para ajudar a tomar as decisões certas para você e para a segurança de seus filhos.

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