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Como a santa que achou 3 cruzes no Calvário descobriu entre elas a Cruz de Cristo

ST HELENA

Helena | CC BY 2.0

Reportagem local - publicado em 20/08/18

Segundo a tradição, a Verdadeira Cruz foi identificada graças a um milagre de cura

Santa Helena nasceu no ano de 270 na antiga Bitínia, região às margens do Mar Negro que hoje pertence à Rússia. Muito bonita, cativou um famoso general do exército romano, Constâncio Cloro, por quem também ela se apaixonou.

Da paixão à humilhação

O casal teve um filho chamado Constantino, que chegou a ser nada menos que o Imperador – mas a um custo muito alto para Helena: para ser promovido na corte, Constâncio Cloro aceitou a condição de repudiar sua esposa e se casar com a filha do imperador Maximiliano. Foi durante esse período de humilhação e solidão, porém, que Helena conheceu a Deus e se tornou cristã.

Um filho imperador

Passado o tempo, morto Constâncio, Constantino foi proclamado imperador e, na célebre batalha da Ponte Mílvio, em Roma, teve a visão de Cristo a lhe mostrar a Cruz e dizer: “Com este sinal vencerás”. No ano 313, Constantino finalmente decretou o cristianismo como a religião oficial do Império, após três séculos de brutais perseguições contra os cristãos.




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Em busca da Cruz de Cristo

Santa Helena dedicou boa parte da vida, a partir de então, a buscar a Santa Cruz de Cristo em Jerusalém, para onde chegou a levar um grupo de escavadores que, depois de muito trabalho, conseguiu achar no monte Calvário não uma, mas três cruzes.

O relato desse encontro e de como Santa Helena identificou a verdadeira cruz é resgatado pelo Breviário Romano:

Após aquela insigne vitória que o imperador Constantino obteve sobre Maxêncio, quando recebeu de Deus o sinal da Cruz do Senhor (“In hoc signo vinces“), Santa Helena, mãe de Constantino, tendo recebido uma revelação num sonho, foi a Jerusalém para procurar zelosamente a Cruz. Lá cuidou ela de destruir a imagem de Vênus, em mármore, que, para apagar a memória da paixão de Cristo Senhor, os gentios haviam colocado no lugar da Cruz e que ali permanecera durante cerca de 180 anos. O mesmo ela fez no presépio do Salvador, onde fora posto um simulacro de Adônis, e no lugar da ressurreição, onde haviam colocado um de Júpiter. Purgado, assim, o local da Cruz, foram encontradas depois de profundas escavações três cruzes, e, à parte delas, a inscrição que havia sido posta sobre a Cruz do Senhor. Como não se sabia sobre qual das três ele deveria ser afixado, um milagre sanou a dúvida. Eis que Macário, bispo de Jerusalém, tendo elevado preces a Deus, levou cada uma das cruzes a três mulheres que sofriam de grave enfermidade, e, enquanto as demais de nada serviram às mulheres, a terceira Cruz, levada à terceira mulher, curou-a imediatamente. Santa Helena, tendo encontrado a Cruz da salvação, construiu ali uma igreja magnificentíssima, na qual depositou parte da Cruz em urnas de prata, entregando outra parte a seu filho, Constantino, que a levou a Roma, à igreja da Santa Cruz de Jerusalém, edificada no palácio Sessoriano. Ela também entregou ao filho os cravos que trespassaram o Santíssimo Corpo de Jesus Cristo. Naquele tempo, Constantino sancionou uma lei para que, desde então, ninguém fosse condenado ao suplício da cruz, e aquilo que antes era castigo e maldição para os homens passou a ser glória e objeto de veneração.
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