Aleteia logoAleteia logoAleteia
Terça-feira 23 Abril |
Aleteia logo
Atualidade
separateurCreated with Sketch.

NYT: autoridades dos EUA consideraram golpe de Estado com militares venezuelanos

WEB3 – VENEZUELAN PRESIDENT NICOLAS MADURO-AFP-000_YM3NS

HO / Venezuelan Presidency / AFP

Agências de Notícias - publicado em 09/09/18

"A preferência" de Washington "por um retorno ordenado e pacífico à democracia na Venezuela permanece sem mudanças"

Funcionários do governo Trump se reuniram secretamente com militares venezuelanos para discutir a derrubada do presidente Nicolás Maduro, mas acabaram decidindo não agir – reportou neste sábado (8) o jornal americano “The New York Times”.

Donald Trump é um duro crítico do governo Maduro, enquanto a Venezuela está mergulhada em uma grave crise econômica e humanitária que desatou violentos protestos e provocou uma onda migratória a países vizinhos.

Citando autoridades americanas anônimas e um ex-comandante militar venezuelano que participou dos diálogos secretos, o “New York Times” disse que os planos do golpe estagnaram.

O jornal afirma que a Casa Branca se negou a dar respostas detalhadas quando questionada sobre essas conversas, mas enfatizou a necessidade de “dialogar com todos os venezuelanos que demonstrem um desejo de democracia”.

Na Venezuela, o chanceler Jorge Arreaza considerou que a revelação do New York Times oferece “grosseiras evidências” das “conspirações” de Washington.

“Denunciamos ante o mundo os planos de intervenção e apoio a conspirações militares do governo dos Estados Unidos contra a Venezuela. Nos próprios meios americanos saem à luz novas e grosseiras evidências”, escreveu Arreaza no Twitter, e acompanhou sua mensagem com um link para a versão em espanhol do artigo no site do jornal nova-iorquino.

Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos disse à AFP que “a preferência” de Washington “por um retorno ordenado e pacífico à democracia na Venezuela permanece sem mudanças”.

“O governo dos Estados Unidos escuta diariamente as preocupações dos venezuelanos, de todos os âmbitos da sociedade… Compartilham um objetivo: a reconstrução da democracia em seu país de origem”, acrescentou o porta-voz Garrett Marquis.

“Uma solução duradoura para o agravamento da crise na Venezuela só pode surgir após a restauração da governança por meio de práticas democráticas, do Estado de Direito e do respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais”, insistiu.

Depois que drones carregados de explosivos foram detonados perto de Maduro em um ato em 4 de agosto em Caracas, o presidente atribuiu a tentativa de ataque aos Estados Unidos, à Colômbia e a seus inimigos domésticos.

O Departamento de Estado condenou a “violência política”, mas também denunciou prisões arbitrárias e confissões forçadas de suspeitos por parte do governo da Venezuela.

O conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, John Bolton, insistiu em que “não houve participação do governo dos Estados Unidos” no incidente de 4 de agosto.

Mari Carmen Aponte, uma das principais diplomatas dos Estados Unidos para assuntos latino-americanos no governo do presidente Barack Obama, disse ao “New York Times” que “isso vai cair como uma bomba” na região.

(AFP)

Top 10
Ver mais
Boletim
Receba Aleteia todo dia