Aleteia logoAleteia logoAleteia
Quarta-feira 24 Abril |
Aleteia logo
Atualidade
separateurCreated with Sketch.

Trump manda parar compra governamental de partes de bebês abortados

Feto – pt

Creative Commons

J-P Mauro - Reportagem local - publicado em 02/10/18

Contrato de agência do governo dos EUA pretendia comprar “tecidos humanos frescos” para criar “animais quiméricos”

Cidadãos e organizações pró-vida dos Estados Unidos manifestaram grave preocupação com um contrato do governo do país que permitiria a compra de partes do corpo de bebês abortados, com dinheiro dos contribuintes, para uso em pesquisas científicas voltadas a criar “animais quiméricos” dotados de sistema imunológico semelhante ao humano. Tal contrato seria assinado pela FDA (Food and Drug Administration), a agência do governo norte-americano responsável pelas normas relacionadas com alimentos e medicamentos. O texto do contrato solicitava “tecidos humanos frescos“.

Diante dos fortes protestos, o presidente Donald Trump determinou o cancelamento do contrato e a abertura de uma investigação. Trump já havia acabado, previamente, com a obrigação federal de financiar o aborto nos Estados Unidos.




Leia também:
Governo Trump acaba com a obrigação federal de financiar o aborto nos EUA

A existência do contrato recentemente cancelado repercutiu graças a um artigo da LifeNews publicado em agosto. Segundo informado, os experimentos introduziriam células humanas em camundongos, visando replicar um sistema imunológico humano funcional para fins de pesquisa.

O departamento norte-americano de Saúde (HHS, pela sigla em inglês) emitiu um comunicado no último dia 24 de setembro a respeito do caso:

“A HHS não estava suficientemente certa de que o contrato incluísse as proteções adequadas aplicáveis ​​à pesquisa com tecido fetal, nem que cumprisse todos os outros requisitos de aquisição. Por conseguinte, o contrato foi rescindido e a HHS está realizando uma auditoria de todas as aquisições que incluem tecido fetal humano para garantir a conformidade com as leis e regulamentos sobre a aquisição e pesquisa com tecido fetal humano”.

A declaração continua, relatando que a investigação aberta revisará todos os estudos com células fetais e informando que serão exploradas alternativas a esse uso.

O passo parece positivo, mas, ainda assim, Marjorie Dannenfelser, presidente da ONG pró-vida Susan B. Anthony List, acredita que devam ser feitos mais esforços para que a FDA e a HHS assinem contratos semelhantes no futuro:

“O cancelamento de um contrato e a realização de uma investigação são um pequeno passo à frente, mas ainda completamente insuficientes”.

De acordo com a CNSNews, o contrato da FDA exigiria “tecidos humanos frescos” para criar “animais quiméricos” com sistema imunológico humano. A reportagem explica por que essas células deviam ser extraídas de bebês abortados:

“Dado que não poderia criar os seus ‘ratos humanizados’ sem tecido fresco retirado de bebês abortados, a FDA também tem interesse na continuação dos abortos legalizados num estágio de desenvolvimento fetal em que o tecido necessário para criar tais ratos possa ser obtido a partir do bebê abortado”.

A CNSNews entrou em contato com a FDA e lhe dirigiu uma série de perguntas que a agência “respondeu” apenas com uma declaração de 3 parágrafos, negando o envolvimento direto na aquisição dessas amostras e dizendo que tal processo caberia a uma organização de aquisição de tecidos “sem fins lucrativos”.

Açougue humano

A urgente necessidade de regulamentação dessa indústria ficou clara numa reportagem de 2015 em que se expuseram as práticas do conglomerado de clínicas abortistas Planned Parenthood, que não seguia os procedimentos regulamentares padrão. Um vídeo que acompanhava a reportagem mostrou uma conversa gravada entre Melissa Farrell, diretora de pesquisas da Planned Parenthood, e dois atores que fingiram interesse num possível acordo para adquirir órgãos fetais.




Leia também:
Estarrecedor açougue humano: maior conglomerado abortista dos EUA vende órgãos de fetos assassinados

Durante a conversa, eles incitaram Farrell a fazer a grande revelação:

A Planned Parenthood está envolvida já faz algum tempo na venda de partes de bebês abortados e está bem familiarizada com o uso de restos fetais na produção de camundongos humanizados.

Melissa Farrell continuou informando aos atores que a organização se desviaria do padrão a fim de “garantir amostras melhores para uso em pesquisa”. Ela também reconheceu que é ilegal alterar o momento ou o método do procedimento para assegurar que os órgãos estejam aptos ao uso de pesquisadores.




Leia também:
Racismo e eugenia: por trás da maior rede abortista do mundo

Tags:
AbortoIdeologiaMundo
Top 10
Ver mais
Boletim
Receba Aleteia todo dia