A Igreja tem organizado “panelas comunitárias” para distribuir alimentos que dependem de ajuda internacional. Enquanto isso, o ditador Maduro...
Dom Oswaldo Azuaje, bispo da diocese venezuelana de Trujillo, foi entrevistado na Espanha pelo programa “Perseguidos pero no olvidados” (Perseguidos mas não esquecidos), da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre. A passagem do bispo pela Europa se deveu à visita ad limina dos bispos da Venezuela ao Papa Francisco, que os incentivou a “se manterem firmes e próximos do povo”.
Em paralelo, o ditador venezuelano Nicolás Maduro também andou viajando para o outro lado do Atlântico: em recente visita à Turquia (detalhe na imagem acima), ele foi filmado desfrutando de um banquete exclusivo e personalizado em um dos restaurantes mais badalados e caros do mundo, em Istambul, enquanto ao seu povo é servido diariamente o mais abundante “fruto” da “revolução socialista bolivariana”: a fome.
Destaques da entrevista com dom Oswaldo
Sobre o encontro com o Papa Francisco:
“Ele nos convidou a colocar em prática uma realidade: a resistência. Nunca tinha ouvido este conceito assim, sem nada a ver com uma linguagem política, nem populista, nem militar. Ele nos convidou a resistir firmes na fé, na esperança e na caridade”.
Sobre a situação na diocese de Trujillo:
“É uma das circunscrições mais pobres, economicamente falando. Fica na região andina, é uma área de montanha, predominantemente rural, mas com riqueza humana e cultural muito grande. Sofremos, como no resto do país, a falta de alimentos e medicamentos. Muitas pessoas foram embora para outros países e a economia foi muito atingida. Nos povoados dá para notar mais a falta de acesso a alimentos do que na capital ou nas cidades importantes do país”.