O Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU pediu nesta terça-feira uma “investigação transparente” sobre as circunstâncias da morte do vereador opositor venezuelano Fernando Albán, que, segundo autoridades da Venezuela, matou-se durante sua detenção.
“Fernando Albán se encontrava detido pelo Estado. O Estado tinha a obrigação de garantir sua segurança, sua integridade pessoal (…). Nós pedimos uma investigação transparente para esclarecer as circunstâncias de sua morte”, já que existem “informações contraditórias sobre o ocorrido”, declarou um porta-voz do Alto Comissariado, Ravina Shamdasani, em coletiva de imprensa em Genebra.
Segundo o procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab, Albán, detido por um suposto ataque com drones explosivos contra o presidente Nicolás Maduro, ele se suicidou na segunda-feira na sede do serviço de inteligência.
O partido de Albán, Primero Justicia, denunciou que se tratou de um “assassinato”.
Albán, vereador do município Libertador de Caracas, foi detido na última sexta-feira acusado de participar da explosão de dois drones perto do local em que Maduro fazia um discurso em 4 de agosto, durante um desfile militar na capital.
Saab explicou por telefone à rede de televisão estatal VTV que Albán “solicitou ir ao banheiro e estando lá se lançou no vazio do décimo andar”.
O ministro do Interior e da Justiça, Néstor Reverol, afirmou que Fernando Albán se suicidou “no momento em que seria trasladado ao tribunal”.