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Anthony Hopkins: “para mim, o ateísmo é como uma cela sem janelas”

ANTHONY HOPKINS

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J-P Mauro - publicado em 12/11/18

O ator revela que a vida dele mudou depois que uma mulher lhe perguntou: "Por que você simplesmente não confia em Deus?"

Para muitos de nós, é difícil pensar em Anthony Hopkins sem lembrar do personagem que ele fez em “O Silêncio dos Inocentes”, uma performance pela qual ele ganhou o Oscar de melhor ator. Mas, na vida real, ele é bem diferente de seu personagem sociopata. Estamos falando de um homem humilde com uma forte fé cristã.

Recentemente, Hopkins foi convidado para ser palestrante em um evento, onde ele conversou com quase 500 estudantes do ensino médio e da faculdade. Ele os aconselhou:

Se vocês perseguirem o dinheiro, não vai funcionar. E se vocês perseguirem o sucesso, não vai funcionar. Vocês têm que perseguir o que vocês querem ser, vivendo como se aquilo estivesse acontecendo agora. Aja como se vocês já estivessem lá e tudo vai se encaixar.”

Depois, em seu discurso, ele falou sobre sua luta contra o alcoolismo. Disse que, quando bebia, sentia-se “entediado, preso e não confiável”.

Em 1975, quando tinha 37 anos, o ator galês percebeu que era um perigo para si mesmo e para os outros por causa da bebida. Então, procurou os Alcoólicos Anônimos. Em uma entrevista a Piers Morgan, da CNN, Hopkins descreveu seu alcoolismo:

“Era como ser possuído por um demônio, um vício, e eu não conseguia parar. E milhões de pessoas são assim. Eu não conseguia parar”.

Foi quando, em uma reunião do AA uma mulher fez uma sugestão que mudou a vida dele: “Por que você não confia em Deus?”

A ideia da mulher parecia simples demais para funcionar, e Hopkins poderia tê-la rejeitado, pois ele se considerava ateu na época. Tocado pela graça ou nas profundezas do desespero, ele aceitou o conselho e, como ele diz, o desejo de beber foi retirado dele, e “nunca mais voltará”.

Em 2011, pouco antes do lançamento do filme O Ritual, em que ele interpreta um padre, Hopkins falou com o The Catholic Herald sobre o ateísmo, que ele comparou a “viver em uma cela fechada sem janelas”:

“Eu odiaria viver assim. Hoje, nós vemos na televisão muitas pessoas brilhantes que são ateus profissionais e dizem saber que é insanidade ter um Deus ou acreditar em religião. Bom, Deus os abençoe por se sentirem assim. Espero que eles sejam felizes ”.

El ainda acrescentou:

“Eu não conseguiria viver com essa certeza, e me pergunto sobre alguns deles: por que eles estão protestando tanto? Como eles estão tão seguros do que está lá fora? E quem sou eu para refutar as crenças de tantos grandes filósofos e mártires ao longo dos anos?”

Hopkins é considerado um dos maiores atores vivos de sua geração. Este ano, depois de estrelar a segunda temporada de Westworld, Hopkins vai representar o Papa Bento XVI no próximo filme da Netflix, Pope.

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