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Milagre na rua: bebê nasce segundos depois da morte da mãe atropelada

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Emilce Iramaín / Facebook

Esteban Pittaro - publicado em 19/11/18

Diversas variáveis ​​improváveis precisaram acontecer juntas para que a vida resistisse dentro de um corpo esmagado. E aconteceram.

A policial testemunhou com clareza:

Deus estava lá conosco para nos dar a sabedoria necessária num momento como aquele”.

E prosseguiu:

“Quero que essa bebê se chame ‘Milagros’, porque foi isso: Deus estava conosco o tempo todo”.

Emilce Iramaín utilizou a palavra em espanhol que significa “milagres” e que também é um nome feminino em vários países de cultura hispânica. Emilce foi a policial argentina que testemunhou e ajudou num acontecimento que, segundo ela própria e os médicos envolvidos, foi de fato extraordinário.

No começo deste mês, enquanto patrulhavam as ruas de Buenos Aires, ela e seu colega Gonzalo notaram que um caminhão tinha atingido alguém num cruzamento. Ao se aproximarem, viram o corpo de uma jovem sem vida e perceberam que algo se movia dentro de suas calças. A moça, que morrera alguns segundos antes, estava dando à luz em plena rua.

Gonzalo interrompeu o trânsito enquanto Emilce ajudava a bebê a vir ao mundo.

“Eu ainda não entendo de onde tirei aquela coragem para rasgar a calça e ajudar aquela criancinha que estava gritando para viver, que estava nascendo ali!”

A ambulância logo chegou e levou a bebê até o Hospital Larcade, quando o friozinho da noite começava a se fazer sentir na capital da Argentina.

Naquela noite que jamais esquecerá, Emilce foi informada de que a pequena não tinha sofrido sequer um arranhão. Pesava pouco mais de 2 kg e estava recebendo todos os cuidados necessários.

“Não consigo explicar a alegria que eu senti ao vê-la! A satisfação de saber que conseguimos fazer o bem no momento certo e que Deus estava lá conosco para nos dar a sabedoria necessária num momento como aquele!”

Passaram-se alguns dias até que aparecesse o avô da menininha.

“Ele nos agradeceu, nos abraçou e chorou de felicidade! Ele disse que, apesar da desgraça que tinha acontecido, nós lhe trouxemos com vida um pedacinho da filha dele”.

A jovem mãe falecida lavava para-brisas naquela esquina. Outros policiais a tinha visto cerca de 5 minutos antes do acidente. Ela estava na 34ª semana de gestação, mas, para que o parto pudesse começar do jeito que começou, “sozinho”, diversas variáveis ​​improváveis precisavam coincidir. Entre os fatos difíceis de explicar, o atropelamento tinha devastado o corpo da jovem mãe, conforme o relato policial, e, mesmo assim, a bebê nasceu sem qualquer problema decorrente do impacto. Além disso, pessoas com real possibilidade de ajudar, como a dupla de policiais, estavam a poucos metros do local do acidente, como que posicionados para bloquear o tráfego, ajudar a bebê a sobreviver e acionar rapidamente os serviços de emergência.

Milagros, nesse contexto, parece mesmo o melhor dos nomes.

Emilce e Gonzalo, por sua vez, serão promovidos dentro da corporação policial da província de Buenos Aires devido à sua atuação exemplar no parto de Milagros.

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