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A chave para ser um bom negociador

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Calah Alexander - publicado em 25/11/18

Negociação não é apenas uma habilidade de negócios, é uma maneira de praticar caridade

Eu nunca me considerei muito boa em negociações. Em debates, por outro lado, vou bem. Mas isso é porque sou boa em provar o que estou tentando fazer. Isso funciona a meu favor nos debates, mas tem o efeito oposto quando se trata de negociar.

Isso porque a negociação, apesar de ser uma habilidade que usamos todos os dias, é amplamente mal entendida. Negociar não significa descobrir como obter o que você quer em um determinado cenário; como Danny Forest aponta, mas significa descobrir como criar uma solução onde todos ganham:

O “vender”, o dizer “sim” ou dizer “não”, são parte da negociação. Com que frequência você pode criar situações em que todos ganham? É disso que trata a verdadeira negociação. Uma negociação em que apenas uma das duas partes consegue vencer não é uma negociação, é uma perda…

A próxima vez que você pensar em uma situação de negociação, pense no ganho mútuo. O que a maioria não percebe é que negociamos quase diariamente. Muito da nossa interação com outras pessoas tem a ver com negociação. “Onde ir para o jantar? O que assistir esta noite? Que modo de transporte usar?” etc. Depois de perceber que a negociação é uma habilidade, e precisa de prática, você começará a encontrar muitos cenários ao seu redor que são uma boa prática.

Apesar de estar ciente do fato de que a negociação é algo que faço todos os dias, ainda sei que não sou muito boa nisso. Mas foi só quando li essa descrição que percebi por quê. Não sou muito boa em negociação porque sou 100% terrível em dizer “não”.

Eu sou ótima em vendas. Na verdade, um CEO me disse uma vez que eu poderia “vender gelo para os esquimós”. Então, quando se trata de negociar de forma eficaz, confiando na minha habilidade, vender não funciona a meu favor. De fato, é uma desvantagem, porque eu tendo a abandonar as negociações se não conseguir efetivamente “vender” o que quer que estiver sobre a mesa. Muitas vezes, eu desisto totalmente da negociação… o que claramente não é uma negociação.

O que eu raramente faço é dizer “não”. Não gosto de rejeitar as pessoas ou negar pedidos, mas não me ocorre muitas vezes dizer não e propor uma alternativa que possa deixar todos felizes. Eu geralmente sou muito focada no que eu quero para ser capaz de recuar o suficiente e ceder um pouco.

Parece algo bobo, mas sei que é verdade. Eu também sei que é da natureza humana – nós tendemos a ser totalmente investidos em nossas próprias necessidades, e queremos que nos esforcemos para considerar o que alguém pode precisar ou desejar. Isso se torna ainda mais difícil quando sua perspectiva não se alinha com a de outra pessoa. Por exemplo, a coisa mais difícil para eu compreender e aceitar é quando alguém tem uma perspectiva completamente diferente e valores diferentes dos meus.

E é aí que a negociação pode ser uma ajuda para a construção da virtude, porque a negociação exige que você realmente ouça o outro. Mas também requer que você seja assertivo em suas próprias necessidades e encontre uma solução com a qual ambos sejam felizes. Quando você chega até isso, a negociação não é simplesmente uma tática que você pode usar para conseguir o que quer – é uma maneira de demonstrar caridade, tanto para si mesmo quanto para os outros.

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