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O reino do qual Jesus é o rei, segundo o Papa Francisco

POPE FRANCIS

Antoine Mekary | ALETEIA | I.Media

Vatican News - publicado em 25/11/18

O reino para Jesus – explicou o Papa – “é outra coisa, e não se realiza, certamente, com a revolta, a violência e a força das armas”

O Papa Francisco afirmou hoje que o reino de Jesus não é deste mundo. Segundo o Papa, é preciso deixar que Jesus se torne nosso rei, pois só Ele pode dar um novo sentido à vida.

Na Solenidade de Jesus Cristo Rei do universo, celebrada hoje, “é colocada no final do ano litúrgico e recorda que a vida da criação não avança por acaso, mas prossegue em direção a uma meta final: a manifestação definitiva de Cristo, Senhor da história e de toda a criação. A conclusão da história será o seu reino eterno”.

A alocução do Santo Padre foi inspirada na passagem do Evangelho de São João (Jo 18, 33b-37)  proposto pela liturgia do dia, que relata “a situação humilhante em que Jesus encontrou-se depois de ter sido preso no Getsêmani: amarrado, insultado, acusado e levado perante as autoridades de Jerusalém”.

É apresentado à autoridade romana como alguém que atenta contra o poder político para se tornar rei dos judeu. Em um “interrogatório dramático”, por duas vezes Pilatos o questiona se é um rei. Primeiro Jesus responde que seu reino “não é deste mundo” e depois: “Tu o dizes: eu sou rei”.

Jesus não tinha ambições políticas, observa o Papa, recordando que após o milagre da multiplicação dos pães o povo queria proclamá-lo rei “para derrubar o poder romano e restaurar o reino de Israel”, mas “Ele retira-se para a montanha para rezar”.

O reino para Jesus – explica Francisco – “é outra coisa, e não se realiza, certamente, com a revolta, a violência e a força das armas”. Como disse a Pilatos, “se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas teriam lutado para que eu não fosse entregue aos judeus”:

“Jesus quer deixar claro que acima do poder político existe outro muito maior, que não é alcançado por meios humanos. Ele veio à Terra para exercer esse poder, que é amor, dando testemunho da verdade. Trata-se da verdade divina que, em última análise, é a mensagem essencial do Evangelho: “Deus é amor” e quer estabelecer no mundo o seu reino de amor, de justiça e de paz”.

E este – reitera o Pontífice – “é o reino do qual Jesus é o rei, e que se estende até o fim dos tempos”.

Como a história nos ensina – recordou o Papa – “os reinos fundados no poder das armas e na prevaricação são frágeis e, mais cedo ou mais tarde, caem”.

“Mas o reino de Deus é fundado no amor e se enraíza nos corações, dando àqueles que o acolhem paz, liberdade e plenitude de vida.”

“Todos nós queremos paz, todos nós queremos liberdade e queremos plenitude. E como se consegue isso? Deixe que o amor de Deus, o reino de Deus, o amor de Jesus se enraíze em seu coração e terás paz, terás liberdade e terás plenitude”.

Jesus hoje nos pede para deixar que Ele se torne nosso rei: “Um rei que com sua palavra, seu exemplo e sua vida imolada na Cruz nos salvou da morte, e indica – este rei – o caminho para o homem perdido, dá nova luz à nossa existência marcada pela dúvida, pelo medo e pelas provações do dia-a-dia”.

Mas não devemos esquecer – disse Francisco – que o reino de Jesus não é deste mundo”:

“Ele poderá dar um novo sentido à nossa vida – às vezes colocada  à dura prova também por nossos erros e pecados – somente com a condição de que nós não sigamos as lógicas do mundo e de seus ‘reis’”.

Que a Virgem Maria – disse o Papa ao concluir – nos ajude a acolher Jesus como o rei da nossa vida e a difundir o seu reino, dando testemunho da verdade que é amor.

(Com Vatican News)

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