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Papa Francisco escreve a mulher queimada pelo marido com ácido

LIST DO PAPIEŻA FRANCISZKA

PA Images/EAST NEWS

Ary Waldir Ramos Díaz - publicado em 27/11/18

O gesto do Papa condena a violência contra as mulheres

“Peço desculpas e rezo por você, para que a coragem que lhe devolveu singular beleza se torne uma bofetada na indiferença”, escreveu o Papa Francisco em uma carta enviada a Filomena Lamberti.

A mulher foi queimada pelo seu esposo com ácido e que leu a carta do Pontífice durante um programa da televisão pública italiana, Rai UNO, “A sua Immagine”, transmitido por ocasião do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.

UN'ALTRA VITA
FILOMENA LAMBERTI

Filomena, residente no sul da Itália e que foi desfigurada com ácido há 6 anos pelo marido, escreveu recentemente um livro-denúncia que enviou ao Papa, e este lhe respondeu com uma carta assinada em 11 de junho de 2018.

A obra se chama “Outra vida. Não é a novela. É a coragem de contar”, editada por uma associação que combate a violência contra as mulheres, é um testemunho dramático da experiência de Filomena Lamberti, para evitar que tal brutalidade se repita contra outras mulheres.

“Estimada e querida Filomena, (…) temo pensar na crueldade que desfigurou seu rosto, ao ofender sua dignidade como mulher e mãe. Por isso, peço-lhe perdão, tornando-me responsável por uma humanidade que não sabe pedir desculpas a quem, na indiferença predominante, é diariamente ofendido, pisoteado e marginalizado.”

Filomena leu com emoção as palavras do Papa e garantiu que tais palavras de solidariedade ficaram impressas em seu coração.

FILOMENA LAMBERTI
Rai News

Sem se resignar à tragédia, Filomena, de 58 anos, trabalha ativamente na prevenção, no centro contra a violência “Spazio Donna” de Salerno. Sua valentia é um exemplo para quem vive maus tratos na família.

No livro, Filomena conta o momento no qual seu marido joga um litro de ácido nela. Os gritos e a pressa para chegar ao hospital. Durante semanas, luta entre a vida e a morte. E depois, o medo de já não recuperar a visão. Vários anos de cirurgias e tratamento médico.

Ela abandonou o desejo de se suicidar e encontrou o sentido da sua vida na ajuda a outras mulheres em situação semelhante.

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