Este é um problema difícil de ser reconhecido por quem passa por ele. A relação entre um homem com sua mãe é importante para a construção da identidade e dos relacionamentos com os outros. Portanto, a sombra de uma mãe controladora pode ter sérias implicações quando o adulto quiser alcançar sua independência e felicidade.
Geralmente, os filhos adultos de mães controladoras vivem em uma esfera de silêncio e em contínuas contradições. Isso se deve, principalmente, ao peso de nossa cultura à ideia segundo a qual as crianças são obrigadas a silenciarem suas emoções para parecem fortes.
No fim das contas, ser criado e conviver com uma pessoa emocionalmente indisponível, com o clássico resplendor do egoísmo, cheia de queixas e com muita necessidade de controle pode deixar sequelas graves. Vejamos algumas delas:
- uso recorrente da mentira e da negação. O filho que cresceu sob a influência de uma mãe controladora não teve tempo de construir uma identidade própria, autêntica e forte. Deste modo, uma mecanismo de sobrevivência muito comum a estes homens é a mentira. A mentira serve, para ele, como proteção, para esconder suas emoções e sobreviver a duras penas em qualquer contexto;
- contenção emocional. Os filhos adultos de mães controladoras vivem se anulando emocionalmente. Ao suprimir, desde o início, a energia emocional da criança para colocar ela própria como prioridade, a mãe faz com que a criança pense que mostrar sentimentos pode ser vergonhoso e perigoso;
- hostilidade. Uma mãe controladora gera sempre um apego inseguro. Se, neste vínculo mãe-filho, a criança não foi valorizada, é possível que, quando adulto, desenvolva comportamentos agressivos ou hostis. Deste modo, o homem que cresceu nesta dinâmica pode demonstrar reações superdimensionadas em certas ocasiões. É quando se evidenciam a falta de controle e a tendência a manifestar a própria raiva;
- Relacionamentos frustrados. As mães controladoras consideram que seus filhos são propriedades delas. Esse vínculo tóxico tem graves implicações no desenvolvimento afetivo do menino, no seu amadurecimento psicológico, na sua independência e na sua capacidade de tomar decisões. Uma consequência evidente é a clara dificuldade para estabelecer intimidade e conexão emocional autêntica com a futura esposa.
Conclusão: é importante ter presente que o amor verdadeiro busca o bem-estar da pessoa amada, principalmente quando se trata do próprio filho. Educar no amor e na liberdade é algo essencial, que começa a se desenvolver em casa, já nos primeiros meses de vida.