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Destruição durante protestos na França é ‘catástrofe’ para economia, diz ministro

YELLOW VESTS

Farid DJEMMAL/CIRIC

Agências de Notícias - publicado em 09/12/18

Os protestos dos "coletes amarelos" se desenrolam há três semanas

Ministros franceses condenaram, neste domingo (9), a violência das manifestações dos “coletes amarelos” – consideradas uma “catástrofe” para a economia pelo ministro da Economia, Bruno Le Maire, e um “perigo” para a democracia e as instituições francesas pelo chanceler, Jean-Yves Le Drian.

“É uma catástrofe para as lojas, é uma catástrofe para nossa economia”, disse Le Maire à imprensa, durante visita do ministro a vários estabelecimentos comerciais em Paris, um dia depois das manifestações.

Neste domingo, o ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Yves Le Drian, também expressou sua preocupação com a democracia e com as instituições da França.

“Estou preocupado após escutar declarações (…) sei quão frágil é a democracia”, disse ele em uma entrevista com as emissoras RTL/Le Figaro/LCI.

“Leiam todas as declarações, inclusive de alguns dos grandes atores (…). Ouço dizer ‘a insurreição está aqui, a insurreição está em marcha’. No meu parecer, isso não é a República”, afirmou.

“Quando escuto declarações na Champs-Élysées, segundo as quais Macron terminará como Kennedy, estimo que há riscos para a República”, insistiu.

“O risco é o questionamento de nossas próprias instituições”, alertou. “Faço um chamado a se recompor, por meio do diálogo, porque essa é a nossa forma de ser”, declarou.

O ministro também se referiu a uma bala recebida na sexta-feira pelo deputado Benoît Potterie, membro do partido do presidente, acompanhada da mensagem “Da próxima vez, vai receber entre seus olhos”.

“É insuportável que um deputado receba uma bala em um envelope. São métodos da máfia. Devemos condenar isso coletivamente”, frisou.

– Crítica a Trump –

Le Drian também pediu para o presidente americano, Donald Trump, não interferir na política doméstica da França, após uma série de tuítes sobre os protestos dos chamados “coletes amarelos” no país.

“Digo a Donald Trump, e o presidente da República (Emmanuel Macron) lhe diz também: não tomamos partido nos debates americanos, deixem-nos viver nossa vida como nação”, declarou Le Drian em entrevista a uma rede de televisão.

“Nós não compartilhamos nossas considerações sobre a política interna americana e queremos que isso seja recíproco”, acrescentou.

O presidente dos EUA afirmou que este sábado foi um “dia muito triste” para Paris.

“Manifestações e distúrbios por toda a França”, tuitou o presidente americano. Os ativistas “cantam ‘Queremos Trump!’. Amo a França”, acrescentou, sem oferecer provas.

O chanceler questionou que os protestos dos “coletes amarelos”, que se desenrolam há três semanas, tenham tido manifestações favoráveis a Trump.

(AFP)

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