Há quem defenda que é errado comemorar o Natal tal como o fazemos, porque nenhum dos Evangelhos especifica a data do nascimento de JesusAlguns grupos fundamentalistas e proselitistas afirmam que não se deveria celebrar o Natal em dezembro porque nenhum dos quatro Evangelhos especifica a data do nascimento de Jesus. Além disso, acrescentam que Jesus não poderia ter nascido nessa época porque dezembro é frio na Terra Santa e, portanto, os pastores não poderiam estar cuidando das ovelhas no campo, como dizem os relatos evangélicos. Logo, o Natal que celebramos estaria “errado”.
A respeito do porquê de se comemorar o Nascimento de Jesus no dia 25 de dezembro, são relevantes as observações que apresentamos neste seguinte artigo:
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Como os cristãos chegaram à data de 25 de dezembro para celebrar o Natal?
Mas o essencial a se levar em conta é que no dia 25 de dezembro não comemoramos uma data como tal, mas um acontecimento, ou seja, o Nascimento de Jesus e, nele, o Amor Misericordioso do Pai:
“Deus amou tanto o mundo, que nos deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna”.
Ainda que não se tenha plena certeza histórica sobre a data exata da Natividade, ela pode e deve ser celebrada! E, mesmo sem que haja 100% de certeza histórica, o fato é que 25 de dezembro reúne bastante fundamentação bíblica para ser tradicionalmente a data em que se celebra o Natal do Senhor.
Fundamentos bíblicos
Um dos elementos bíblicos mais fortes é o anúncio do anjo a Zacarias. Sendo ele da classe de Abias, correspondiam-lhe os últimos dias de setembro, entre 20 e 30, para exercer o seu ministério no templo.
Cerca de 6 meses depois, Maria recebeu o anúncio do anjo, tanto que a data tradicional em que se comemora a Anunciação é 25 de março. Meses depois, nasceu João Batista, celebrado em 24 de junho; e 9 meses depois da Anunciação a Maria (25 de março), nasceu Jesus (25 de dezembro).
Os dias 23 de setembro e 24 de junho para o anúncio e nascimento de João Batista, assim como os dias 25 de março e 25 de dezembro para a Anunciação do Senhor e Seu nascimento, não foram datas arbitrárias voltadas meramente a impor uma “ideologia”. As igrejas locais já vinham conservando memórias ininterruptas e, quando decidiram prestar a elas uma digna homenagem mediante as celebrações litúrgicas, a única coisa que fizeram foi sancionar o uso imemorial da devoção popular.