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A cada 8 minutos, uma criança medicada de modo errado: veja os cuidados

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Greenland - Shutterstock

Reportagem local - publicado em 20/12/18

Pequenas mudanças de comportamento podem fazer toda a diferença - e evitar tragédias

Está chamando as atenções nas redes sociais a notícia de que uma bebê de 4 meses passou mal após ingerir uma loção contra piolhos em vez de medicação para inflamação bucal, por erro da unidade de saúde que forneceu o medicamento à mãe da criança em Vila Velha, no Estado do Espírito Santo.

Felizmente, a bebê passa bem, mas o caso volta a trazer à tona um dado preocupante: a alta frequência com que crianças são medicadas erroneamente no mundo.

Um estudo publicado em 2014 pelo respeitado jornal científico Pediatrics, dos Estados Unidos, apontou que a cada 8 minutos uma criança é medicada de modo errado. Passados quatro anos desde essa publicação, é verdade que o quadro pode ter mudado, mas, provavelmente, não de modo drástico. A pesquisa analisou os dados registrados ao longo de dez anos, entre 2002 e 2012, pelo National Poison Database System, um banco de dados nacional sobre casos de envenenamento e intoxicação.

Alguns aspectos relevantes a serem considerados:

Medicamentos líquidos

82% dos erros registrados se referem a medicamentos líquidos, contra 14,9% ligados a cápsulas e comprimidos.

A dosagem errada apareceu como um dos problemas mais frequentes no caso dos remédios líquidos. Ela se deve, por exemplo, ao uso de medidas caseiras como colheres de sopa ou chá, que não contam com um tamanho padrão estabelecido pela indústria. A imprecisão pode representar grande diferença na posologia conforme a concentração de cada remédio.

Uma solução para reduzir o risco de dosagem errada é utilizar seringas e copinhos dosadores, normalmente vendidos junto com os medicamentos, para medir os exatos mililitros prescritos.

Relação entre as doses e a idade e peso da criança

Outro problema comum é ignorar que a dose do remédio varia conforme a idade e o peso da criança: a dose que ela tomou no ano anterior, por exemplo, pode não ser mais adequada para o momento atual. Uma dose menor pode ser ineficaz, enquanto uma excessiva pode ter efeitos colaterais perigosos, capazes de afetar, por exemplo, a pressão arterial, a temperatura corporal ou mesmo levar a uma intoxicação.

Automedicação

Quem resolve receitar remédios por conta própria a si mesmo ou aos seus filhos pode causar mais danos do que benefícios. Entre os casos mais comuns de automedicação estão o consumo de remédios incompatíveis com a situação clínica, o uso de substâncias que apenas camuflam os sintomas sem de fato tratarem a doença, a mistura de medicamentos, alterando os seus efeitos, além da obtenção de resultados contraproducentes, como no caso dos antibióticos que, tomados indiscriminadamente, tornam as bactérias mais resistentes em vez de combatê-las.

Horários e intervalos

Cerca de um quarto dos erros de medicação infantil estão relacionados com os intervalos mal gerenciados entre as doses, sendo principalmente casos em que a criança recebe o remédio mais cedo do que deveria.

Misturas para “suavizar” sabor

Como muitas crianças rejeitam certos remédios por causa do gosto desagradável, há pais que diluem a medicação em sucos, refrigerantes e achocolatados, o que altera as características próprias de cada remédio. Por exemplo, o ferro pode ser tomado com sucos cítricos como laranja ou limão, mas não com leite, que prejudica a sua eficácia. Caso o médico permita diluir o remédio em suco, por exemplo, devem-se usar quantidades pequenas de suco.

A criança deve ir aprendendo que o remédio está sendo tomado porque é importante para combater uma doença. É preciso que o adulto responsável pela medicação seja firme e ao mesmo tempo carinhoso, sem forçar, ameaçar ou usar recursos violentos como bater ou tapar a respiração da criança para que ela engula o remédio.

Comprimidos e cápsulas

Comprimidos podem, em muitos casos, ser cortados em até quatro partes, mas as cápsulas devem ser ingeridas inteiras, sem serem abertas.

Armazenamento

Local e condições fazem muita diferença: umidade e temperatura, por exemplo, afetam as propriedades dos remédios. É recomendável preservá-los na embalagem original e guardá-los em local seco e arejado, evitando a cozinha e o banheiro, além, é claro, de mantê-los fora do alcance das crianças.

Bula e embalagem

É um cuidado elementar ler a bula e a embalagem com atenção para certificar-se de que se trata do remédio correto, verificar as indicações e prevenir-se de eventuais efeitos indesejados.

Tags:
CriançasFilhosSaúde
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